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Estado de Minas GERAL

40% fazem autodiagn�stico m�dico pela internet; e maioria tem ensino superior


postado em 09/08/2018 11:07

Pessoas das classes A e B, com curso superior e jovens, s�o o perfil dos pacientes que usam a internet para se autodiagnosticar, segundo levantamento do Instituto de Ci�ncia, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), entidade de pesquisa e p�s-gradua��o na �rea farmac�utica. O terceiro estudo do instituto sobre o tema apontou que 40,9% dos brasileiros fazem autodiagn�stico pela internet. Desses, 63,84% t�m forma��o superior.

A �ltima edi��o do estudo, de 2016, j� apontava patamar de 40% de autodiagn�stico online, mas dessa vez foi tra�ado o perfil socioecon�mico. "� uma novidade e nos surpreendeu muito, porque imagin�vamos que quem se autodiagnosticava eram pessoas que n�o t�m acesso ao m�dico. Mas s�o das classes A e B, esclarecidas e com poder econ�mico para buscar informa��o de sa�de mais concreta e consciente", diz Marcus Vinicius Andrade, diretor de pesquisa do Instituto de Pesquisa e P�s-Gradua��o para o Mercado Farmac�utico do ICTQ.

Entre os que fazem autodiagn�stico 55% s�o das classes A e B e 26%, das classes D e E. "Pessoas de baixa renda ainda buscam mais o m�dico em prontos-socorros. Quanto mais idosas, mais recorrem ao m�dico, pois t�m dificuldade com a internet de modo geral." O levantamento foi feito em maio em 120 munic�pios, incluindo todas as capitais, e ouviu 2.090 pessoas com mais de 16 anos. Para os pesquisadores, o imediatismo est� entre as motiva��es, principalmente na gera��o de 16 a 34 anos.

A professora Isabella Oku, de 28 anos, � um exemplo. "Evito ir a consultas em rela��o a certos sintomas, coisas que n�o s�o t�o graves, como alergias." H� cerca de oito meses, ela est� com um desconforto na unha, que co�a sempre que vai � manicure. Isabella pesquisou na internet uma pomada, que est� usando. "N�o quero precisar esperar o m�dico ter disponibilidade para me atender."

Na semana passada, com dor de garganta, j� chegou ao consult�rio dizendo que estava com amidalite. "Tomei antibi�tico e n�o adiantou nada. O m�dico falou que eu estava resfriada e isso � muito gen�rico."

Riscos

Denize Ornelas, da Sociedade Brasileira de Medicina de Fam�lia e Comunidade, diz que o n�mero de pacientes que chegam aos consult�rios com autodiagn�stico e automedica��o � crescente. "O maior impacto � quando chegam por efeitos colaterais ou intera��o medicamentosa", diz. "A maior parte das doen�as come�a com dor, febre, indisposi��o, sintomas mais gerais. Se o paciente se automedica e n�o espera a progress�o, pode mascarar uma doen�a. Dor abdominal pode ser azia e m� digest�o, mas, se voc� faz uso constante de anti�cido, pode retardar um diagn�stico de c�ncer de est�mago. � raro, mas pode acontecer."

Em 2016, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) definiu os crit�rios para que rem�dios pudessem ser isentos de prescri��o m�dica. N�o ter potencial para causar depend�ncia, n�o ter indica��o para doen�as graves e ser tomado por prazo curto est�o entre os requisitos. "S�o feitos para sintomas menores, como dor de cabe�a, indisposi��o estomacal", diz Marli Sileci, da Associa��o da Ind�stria de Medicamentos Isentos de Prescri��o.

O Google e o Hospital Israelita Albert Einstein fecharam em 2016 parceria para oferecer informa��es confi�veis a usu�rios que fazem buscas na �rea da sa�de por meio de quadros com dados sobre as doen�as revisados pelo hospital. No ano passado, foram inclu�dos dados sobre os sintomas. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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