Os termos do Acordo de Salvaguardas Tecnol�gicas que est� sendo negociado entre Brasil e Estados Unidos foram assunto dominante na conversa entre o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna e o secret�rio de Defesa norte-amerciano, James Mattis, que iniciou visita � Am�rica do Sul neste fim de semana. O acordo, que est� emperrado no Congresso Nacional, principalmente por conta de discuss�es ideol�gicas, n�o prev� aluguel, arrendamento ou doa��o de Alc�ntara para os Estados Unidos.
Segundo o ministro Silva e Luna, o secret�rio de defesa se comprometeu com, no mais curto prazo, ajustar os detalhes,de forma que "isso ficasse de acordo com os nossos interesses e fosse entendido pelo pa�s inteiro, pela sociedade, que � traduzido atrav�s do nosso Congresso".
O ministro Silva e Luna disse que a ideia � que o acordo de salvaguardas possa ser assinado "no mais curto prazo, o mais cedo poss�vel". O acordo � um amparo legal para o uso comercial de Alc�ntara, n�o importa por qual pa�s, oferecendo a possibilidade de empresas privadas efetuarem lan�amentos de engenhos espaciais a partir do Centro de Lan�amento de Alc�ntara. Isso proporcionaria uma renda para desenvolver o Programa Espacial Brasileiro e seus projetos.
O acordo � necess�rio para que o Centro possa ser usado para lan�amentos de foguetes. O presidente da comiss�o de implanta��o de sistemas espaciais, brigadeiro Luiz Fernando de Aguiar, explicou que os EUA tem dom�nio de 80% do mercado e ressaltou que equipamentos de praticamente todos os pa�ses t�m alguma pe�a americana. S� obt�m consentimento para terem seus equipamentos colocados no espa�o centros de lan�amento de pa�ses que tenham acordo de salvaguardas com os norte-americanos.
As autoridades brasileiras asseguram que o acordo de salvaguardas com os EUA n�o atingem a soberania do Brasil, como ressaltou o comandante da Aeron�utica, em artigo publicado neste s�bado no jornal O Estado de S. Paulo. Todos os pontos pol�micos do acordo, de acordo com o brigadeiro Aguiar, est�o sendo revistos.
Apesar do esfor�o das autoridades brasileiras para viabilizar um acordo de salvaguardas que atenda a todas as queixas, o governo sabe que enfrentar� dificuldades para fechar um entendimento neste momento, em que o Congresso est� parado, envolvido com elei��es. Mesmo depois do per�odo eleitoral, este � um tema delicado e que demandar� muitas negocia��es com todos os partidos para ser aprovado rapidamente, como defendem os militares, pela necessidades de abrir comercialmente Alc�ntara, para que os projetos espaciais brasileiros possam ser incrementados.
Venezuela
Pela manh�, o secret�rio norte-americano esteve no Minist�rio das Rela��es Exteriores e, nesta ter�a-feira, far� palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro. De l�, ele segue para Argentina, Chile e Col�mbia. Os Estados Unidos est�o em busca de mais parcerias com pa�ses da regi�o.
Na conversa com Silva e Luna, se falou tamb�m sobre a situa��o da crise na Venezuela. De acordo com o ministro, James Mattis foi "muito prudente" ao falar daquele pa�s e considerou que a apresenta��o de solu��o para os problemas venezuelanos pelos vizinhos, "deve ser liderada pelo Brasil".
Mattis quis saber ainda como os EUA podem ajudar para tirar o pa�s da dif�cil situa��o em que se encontra, mas n�o deu qualquer sinal de que poderia atuar em rela��o � Venezuela.Os norte-americanos est�o preocupados tamb�m com o crescimento do narcotr�fico e da viol�ncia na regi�o.
China
Outro tema que preocupa os norte-americanos, em rela��o � Am�rica do Sul, � o aumento da influ�ncia da China na regi�o, seja de ordem econ�mica ou militar, o que desagrada Washington. Mas o ministro n�o citou este tema como assunto da pauta entre os dois. A visita dos Estados Unidos est� sendo vista como uma tentativa de ampliar a aproxima��o com os pa�ses e neutralizar esse avan�o chin�s na regi�o.
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