O presidente Michel Temer anunciou neste s�bado, 25, o envio de uma miss�o m�dico-humanit�ria para Roraima em evento na sede do Minist�rio da Educa��o (MEC), em Bras�lia. Por meio da Empresa Brasileira de Servi�os Hospitalares (Ebserh), vinculada ao MEC, o governo federal ir� mandar ao Estado 36 profissionais de sa�de de hospitais universit�rios.
Os profissionais far�o um mutir�o em nove abrigos - oito em Boa Vista, capital do Estado, e um no munic�pio de Pacaraima -, entre os dias 27 de agosto e 1� de setembro. Todos os profissionais participam da miss�o como volunt�rios. Em Boa Vista, as a��es ser�o voltadas aos venezuelanos que ocupam abrigos. J� em Pacaraima, o foco ser� a vacina��o dos imigrantes que chegam ao Pa�s.
Durante a cerim�nia realizada nesta tarde, Temer voltou a dizer que as fronteiras brasileiras continuar�o abertas em Roraima, apesar dos pedidos de parlamentares e da governadora do Estado, Suely Campos (PP), para que o governo bloqueie o fluxo migrat�rio de venezuelanos para o Pa�s. Temer disse que fechar as fronteiras em Roraima � algo "incogit�vel" pelo Pal�cio do Planalto porque seria um "ato desumano". Al�m disso, segundo ele, contrariaria os compromissos feitos pelo Brasil junto � Organiza��o das Na��es Unidas (ONU). "Temos feito o poss�vel para atender a compromissos de natureza internacional", disse.
"Vez ou outra h� uma sugest�o, at� pleiteada judicialmente, no sentido de fechar nossas fronteiras. Eu, desde o primeiro momento, disse que � incogit�vel e inegoci�vel essa mat�ria. N�s n�o temos como fechar as fronteiras de nosso pa�s sob pena de praticar um ato desumano em rela��o aos que v�m procurar abrigo no nosso pa�s. Nossas fronteiras est�o abertas, mas, � claro, disciplinadamente", disse.
Temer tamb�m reafirmou que as medidas tomadas pelo governo visam a garantir atendimento n�o apenas para os venezuelanos, mas tamb�m para os brasileiros que moram nas cidades afetadas. Ele destacou, mais uma vez, que este � um dos maiores fluxos migrat�rios registrados pelo governo brasileiro. Segundo as estat�sticas oficiais, 127 mil venezuelanos j� entraram no Pa�s, mas 60% deles usaram o Brasil como passagem e seguiram para pa�ses vizinhos.
O presidente rebateu novamente cr�ticas de que o governo n�o est� pondo recursos federais para contornar o problema na regi�o. "Devo dizer que, de vez em quando, dizem que o governo n�o colocou um centavo em Roraima, mas preciso dizer que foram liberados mais de R$ 200 milh�es por minist�rios como Sa�de e Educa��o. Quando repassamos essas verbas, estamos agindo em favor dos refugiados, mas tamb�m dos brasileiros", disse. "Foram R$ 187 milh�es destinados apenas para a �rea da sa�de", completou.
Na quarta-feira, o ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), S�rgio Etchegoyen, descartou a possibilidade de o governo federal repassar novos recursos para Roraima, como pleiteia a governadora, Suely Campos, que quer mais R$ 184 milh�es para ressarcir o Estado dos gastos com os venezuelanos.
Ainda no evento, Temer ressaltou que o governo federal trabalha para desonerar o servi�o p�blico de Roraima e assim possibilitar que o atendimento aos brasileiros tamb�m prossiga. Ele citou que uma das a��es do governo para ajudar na solu��o do problema tem sido a transfer�ncia de pessoas de Roraima para outros Estados do Pa�s.
A solenidade no MEC contou ainda com a participa��o do ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, do ministro da Educa��o, Rossieli Soares, e do presidente da Rede Ebserh, Kleber Morais.
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