
Segundo o Corpo de Bombeiros, a barra de seguran�a do brinquedo Surf se abriu e quatro amigas foram imediatamente ejetadas. Todas sofreram escoria��es e suspeita de fraturas. O caso mais grave foi o de Isabela do Amaral Vieira. Al�m da queda, a jovem foi atingida pelo brinquedo antes que o operador conseguisse deslig�-lo.
A assessoria do Hospital de Urg�ncia de An�polis confirmou que Isabela segue internada, em estado grave, mas que os detalhes de atendimento s� s�o fornecidos � fam�lia da adolescente. Ontem (26), parentes da menina informaram a jornalistas que ela teve um rim removido em fun��o de uma hemorragia interna. A reportagem n�o conseguiu contatar amigos e familiares da garota.
As outras tr�s adolescentes foram inicialmente atendidas na Unidade de Pronto Atendimento de Ceres. Com escoria��es e fraturas, Mariane Oliveira Dias, Talia Aparecida Pires e Tatiele Carvalho Evangelista tiveram que ser transferidas para outros estabelecimentos de sa�de da regi�o. Funcion�rios da unidade de Ceres disseram n�o poder informar � reportagem o destino e o estado de sa�de das garotas. A reportagem tamb�m n�o conseguiu conversar com nenhum representante da Secretaria municipal de Sa�de e ainda aguarda resposta �s perguntas enviadas por e-mail.
A Pol�cia T�cnico-Cient�fica est� apurando as poss�veis causas do acidente. J� a assessoria do Corpo de Bombeiros de Goi�s informou que o parque foi vistoriado e a licen�a de funcionamento provis�rio e os laudos de seguran�a de todos os brinquedos est�o em ordem.
Responsabilidade
Respons�vel pelo parque montado como uma das atra��es da j� tradicional Feira da Ind�stria, Com�rcio e Servi�os de Ceres e Rialma (Feicer), Anderson Amorim Gon�alves explicou � Ag�ncia Brasil que os brinquedos foram sublocados de mais de uma pessoa. O Surf pertence a um amigo seu e j� havia sido usado outras vezes, sem problemas.
“Estamos aguardando o laudo da per�cia t�cnica para tentar entender o que houve. Os respons�veis me garantiram que todas as exig�ncias legais foram cumpridas; que a documenta��o est� toda em dia. E, pelo que conhe�o, o brinquedo tem duas travas, uma de seguran�a e uma contra-trava. Se bem manuseadas, � muito dif�cil que as duas se abram se que haja uma fatalidade”, comentou o empres�rio, garantindo que, embora o parque n�o tivesse seguro, arcar� com todas as responsabilidades. “Estamos procurando dar assist�ncia �s fam�lias, pedindo a Deus que as adolescentes se recuperem e vamos arcar com o que tivermos que arcar.”
Em nota, a prefeitura de Ceres lamentou o acidente e prestou solidariedade �s v�timas e suas fam�lias. Assinada pelo prefeito Rafael Dias Melo, a nota assegura que as autoridades locais s� autorizaram o funcionamento do parque ap�s seus respons�veis apresentarem toda a documenta��o prevista em lei.
“Nesse momento de consterna��o, todos devemos voltar nossas ora��es � recupera��o das v�timas, esperando que os fatos sejam apurados para a responsabiliza��o de quem realmente se omitiu nesse caso”, acrescenta a nota, � qual s�o anexados os documentos que, segundo a prefeitura, demonstram a situa��o regular do parque.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-GO) j� instaurou procedimento administrativo para apurar as causas do acidente e se houve falha por parte do profissional que assinou o laudo t�cnico atestando a seguran�a do brinquedo. “� a an�lise deste laudo, mais a manifesta��o do profissional, que nos permitir� tomar uma decis�o sobre o que fazer”, disse o engenheiro civil e gestor do departamento t�cnico do Crea-GO, Edvaldo Pereira Maia. Segundo ele, ainda � cedo para antecipar hip�teses sobre a raz�o da falha no brinquedo.
“Um profissional do Crea j� est� na cidade, vistoriando os equipamentos, sobretudo o que sofreu o acidente. Muita coisa pode ter acontecido. O acidente pode ser consequ�ncia de uma falha mec�nica, de erro na instala��o ou at� mesmo de erro de opera��o. Se, ao fim, constatarmos que houve neglig�ncia, imprud�ncia ou erro t�cnico do engenheiro respons�vel, ele responder� a um processo que pode resultar em advert�ncia; censura p�blica; suspens�o das atividades e at� a cassa��o do registro profissional”, acrescentou Maia.