Uma semana ap�s a Companhia Ambiental do Estado de S�o Paulo (Cetesb) ter interditado uma �rea contaminada por metais pesados, em Sorocaba, interior de S�o Paulo, sucateiros continuavam invadindo o local, nesta segunda-feira, 27, para extrair restos de chumbo. O terreno, transformado em garimpo, fica na zona industrial, a 12 km do centro, e pertence � f�brica de baterias Sat�rnia, que faliu em 2015. Depois que a produ��o foi desativada, em 2011, toneladas de baterias velhas e lixo industrial foram enterradas no local.
Um laudo encomendado pela Cetesb constatou a contamina��o do solo por chumbo, c�dmio e ars�nio, subst�ncias prejudiciais � sa�de. No �ltimo dia 20, a Cetesb determinou o "imediato cercamento do terreno e instala��o de vigil�ncia a fim de impedir o acesso da popula��o e a exposi��o dessas pessoas ao risco". At� esta segunda-feira, os acessos � �rea, com cerca de dez hectares, continuava aberta. A Pol�cia Militar e a Guarda Municipal de Sorocaba realizam rondas na regi�o, mas a a��o n�o impede que os moradores continuem entrando no terreno.
Com picaretas e p�s, eles escavam o solo para a retirada de placas de chumbo e esc�ria - metal derretido. A sucata � vendida a ferros-velhos da cidade. Entre os sucateiros, est�o mulheres e adolescentes, al�m de desempregados e idosos. No terreno contaminado, moradores do Jardim Iporanga, bairro vizinho, improvisaram um parque de divers�es para crian�as. H� tamb�m uma horta em que algumas fam�lias cultivam legumes.
Defesa
A prefeitura informou que a responsabilidade pelo local � da Cetesb, devido � presen�a de contaminantes, e que j� se reuniu com representantes da Sat�rnia para que esta garanta o isolamento da �rea.
O advogado da massa falida, Sadi Montenegro, disse que ser� providenciada a instala��o de placas no local, alertando para o risco.
Para a Cetesb, apenas essa medida n�o basta, pois parte das pessoas que est�o entrando na �rea n�o sabe ler. A companhia multou a empresa em
R$ 257 mil, mas a massa falida entrou com recurso.
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