Febre amarela causou morte de pelo menos 3 macacos em Caraguatatuba

O Instituto Adolfo Lutz confirmou na semana passada que tr�s macacos bugios encontrados mortos no Parque Estadual da Serra do Mar em Caraguatatuba foram mesmo v�tima de febre amarela. Outros seis animais seguem em an�lise. As informa��es foram passadas pela prefeitura da cidade, que ainda recomenda o fechamento do parque.

A proposta j� havia sido rejeitada no dia 16 pelo governo do Estado, que mant�m o parque aberto com a orienta��o de que o visitante se vacine dez dias anos de frequentar o local. A Secretaria de Estado da Sa�de informou que segue tamb�m as estrat�gias adotadas desde aquela data, de intensifica��o da vacina��o.

De acordo com Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doen�as da secretaria, a continuidade da circula��o do v�rus no inverno, depois do surto do ver�o, j� era esperada. "S�o Paulo passou a ser considerado regi�o end�mica para a febre amarela desde o ano passado e a epidemia n�o vem e vai embora. Achamos que a febre amarela veio para ficar, por isso insistimos na necessidade de todas as pessoas estarem protegidas contra a doen�a."

Antes de Caraguatatuba, diz ele, j� tinham sido encontrados macacos mortos em Ubatuba e no Vale do Ribeira em meio ao inverno.

Boulos descartou a necessidade de fechar o parque por causa da alta cobertura vacinal da popula��o de Caraguatatuba, que est� em torno de 85%.

"� diferente do que ocorreu em S�o Paulo no final do ano. Quando o v�rus chegou ao Horto, n�o t�nhamos popula��o protegida. Devia ser s� 5% da popula��o. Ent�o fechamos para vacinar dentro e fora. Mas na Serra do Mar n�o tem nem como fechar o parque inteiro. O que � necess�rio � avisar nos parques que todos que chegarem l� t�m de estar vacinados porque correm risco concreto, se forem para a mata, para cachoeiras, de se infectarem", explica.

Risco futuro
Sobre o risco de haver um novo surto no ver�o, quando aumenta a circula��o de mosquitos, Boulos disse que h� uma "chance real". Ele lembra que a cobertura vacinal da Grande S�o Paulo, apesar de todas as campanhas, � de apenas 40%.

"Ent�o a chance de voltar a ter infec��es humanas importantes � real. � um fato concreto: o v�rus continua circulando e temos pessoas suscet�veis. Pode at� n�o ser t�o grave quanto no come�o do ano, mas n�o me surpreendo se tivermos um n�mero significativo de casos de novo no ver�o."

De acordo com a pasta, em 2018 houve 502 casos aut�ctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado, com 178 mortes. A maior parte das infec��es - 30,2% - ocorreu em Mairipor� e 9,5% em Atibaia. Outros 14 casos ocorreram no Litoral Norte, com 5 mortes - 2 em S�o Sebasti�o e 3 em Ubatuba.

Tamb�m j� foram confirmadas as mortes de 250 macacos pela doen�a. A regi�o com maior concentra��o � a Grande S�o Paulo, com 52% dos casos. No Litoral Norte foram registradas 14 mortes. Os casos recentes de Caraguatatuba ainda n�o foram contabilizados.