Ap�s ter confirmado ao jornal O Estado de S. Paulo a inaugura��o de quatro esta��es da Linha 5-Lil�s, a assessoria de imprensa do Metr� informou nesta quarta-feira, 29, que apenas a Esta��o AACD-Servidor ser� aberta na sexta-feira, 31. Segundo a assessoria, houve um erro de comunica��o.
O Metr� informou agora que as outras tr�s esta��es - Hospital S�o Paulo, Santa Cruz e Ch�cara Klabin - ser�o entregues com novo atraso, no fim de setembro.
As primeiras promessas eram de conclus�o do projeto, que custou R$ 10 bilh�es, em 2014.
Diante da expectativa de uma participa��o maior no total de usu�rios que t�m mobilidade reduzida, por causa da proximidade com a Associa��o de Assist�ncia � Crian�a Deficiente, que batiza a Esta��o AACD-Servidor, a parada teve um desenho especial para melhorar a acessibilidade.
Ela ter� nove elevadores e 20 escadas rolantes, al�m de acessos em dois n�veis na Rua Pedro de Toledo, em Moema, na zona sul de S�o Paulo.
A parada tamb�m facilitar� o acesso aos Hospitais Edmundo Vasconcelos e do Servidor P�blico Estadual, al�m de ser uma op��o a menos de 1,5 quil�metro do Parque do Ibirapuera. Ser� a esta��o mais perto do principal parque paulistano.
As novas esta��es da Linha 5-Lil�s ainda tiveram um desenho arquitet�nico planejado para reduzir o consumo de energia, um dos maiores custos operacionais da rede.
As grandes claraboias de vidro s�o "marcas" das novas paradas, que t�m em seu n�vel do asfalto novas pra�as abertas � popula��o. No caso da AACD Servidor, h� ainda dois pisos de estacionamento entre o n�vel da rua e as plataformas.
Num primeiro momento, a Esta��o AACD-Servidor funcionar� em opera��o assistida. O Metr� estima que elas devem ficar em hor�rio especial, funcionando das 9 �s 16 horas, por duas semanas - as esta��es anteriores desse ramal est�o no esquema h� tr�s meses.
Outras esta��es
Com a abertura das outras tr�s esta��es, a Linha 5-Lil�s do Metr� ser� oficialmente interligada �s Esta��es Santa Cruz, da Linha 1-Azul, e Ch�cara Klabin, da Linha 2-Verde, ligando o ramal, que vem do Cap�o Redondo, no extremo sul da capital, � regi�o central de S�o Paulo.
A expectativa dos t�cnicos � de trazer uma s�rie de mudan�as significativas nas din�micas do transporte p�blico da cidade. Cerca de meio milh�o de pessoas devem passar a usar a linha diariamente com as novas conex�es.
No m�s passado, ela transportou uma m�dia di�ria de 278 mil pessoas e, at� dezembro, deve passar para uma m�dia di�ria de 781,3 mil pessoas. A linha, que opera hoje com 36 trens, dever� receber mais 26 composi��es para atender � demanda.
"Deve haver alguma diminui��o da lota��o da linha (9-Esmeralda) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na Marginal do Pinheiros", afirma o chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Polit�cnica da Universidade de Transportes (Poli/USP) Claudio Barbieri da Cunha, considerando ainda interfer�ncia nas Linha 4-Amarela, inaugurada, em 2011.
"Parte das pessoas que v�m da zona sul pela Linha 5 deve continuar na Linha 5, enquanto s� quem est� na Linha 9 deve continuar na Linha 9. O que vai definir isso � quanto tempo a pessoa vai gastar na baldea��o (a troca de trens)", afirma o professor, que destaca ainda expectativa de redu��o da lota��o no t�nel que liga as Esta��es Paulista (da Linha 4) e Consola��o (da Linha 2). "Essa esta��o estava subdimensionada. Ela foi planejada para ser inaugurada depois das conex�es da Linha 5", completa.
Para se ter uma ideia do potencial de atra��o da linha, o total de passageiros que usam, ainda em hor�rio de testes, as �ltimas esta��es entregues desta linha, Moema e Eucaliptos, ainda em "opera��o assistida", funcionando das 9 �s 16 horas, aumentou 31% entre abril e julho, de 61 mil viagens di�rias para 80 mil, segundo o Metr�.
Esta��o Campo Belo
As obra da linha, entretanto, n�o est�o encerradas. Pelo meio do caminho ficou a Esta��o Campo Belo, que continua em constru��o, e dever� ficar para dezembro, segundo os cronogramas mais recentes da Companhia do Metropolitano. Essa linha restante ser� interligada com o monotrilho da Linha 17-Ouro, tamb�m em obras.
Parte dos problemas da Linha 5-Lil�s decorre de atrasos na execu��o dos projetos de engenharia. Mas parte resulta de uma paralisa��o de cinco meses, ocorrida entre 2010 e 2011, por causa das suspeitas de a��o de cartel nas obras civis da linha.
O Metr� tomou por base em um relat�rio feito pela Corregedoria-Geral da Administra��o, que dizia n�o haver provas da participa��o de agentes p�blicos no esquema, para retomar a obra.
Entretanto, em fevereiro deste ano, o ent�o presidente do Metr�, S�rgio Avelleda, foi condenado por improbidade administrativa por ter mantido os contratos - Avelleda, hoje chefe de gabinete do prefeito de S�o Paulo, Bruno Covas (PSDB), sempre sustentou que n�o havia assinado os contratos e disse que paralisar as obras traria preju�zos � cidade.
Elei��es
H� expectativa se as inaugura��es ter�o algum reflexo ou car�ter pol�tico. Executadas pela gest�o Geraldo Alckmin (PSDB), candidato que deixou o cargo para concorrer � Presid�ncia, as obras ser�o abertas ao p�blico pelo atual governador M�rcio Fran�a (PSB), ex-vice do tucano - e candidato � reelei��o.
Como as inaugura��es de obras s�o vedadas pela legisla��o eleitoral, Fran�a dever� fazer uma "visita t�cnica" �s esta��es - informa��o n�o confirmada pela assessoria de imprensa do Pal�cio dos Bandeirantes at� esta ter�a-feira, 28, � noite. Trata-se de instrumento comum entre candidatos que est�o disputando reelei��o.
A opera��o do novo ramal, entretanto, j� n�o � de responsabilidade do governo do Estado desde junho, quando a empresa ViaMobilidade, do Grupo CCR e da RuasInvest, venceu a licita��o para concess�o do ramal. A concession�ria ficou encarregada da opera��o e da manuten��o do trecho por 20 anos.
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