O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, rebateu nesta segunda-feira, 3, os coment�rios de que o governo federal deixou de fazer repasses de recursos para o Museu Nacional, destru�do na noite de domingo por um inc�ndio. De acordo com ele, o local era administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tinha autonomia para gerenciar seus gastos e investimentos.
Marun tamb�m classificou o epis�dio como uma "fatalidade". Disse que agora que a trag�dia aconteceu, "tem muita vi�va chorando", e defendeu que os museus busquem formas de gerar receita pr�pria.
"Na televis�o, por exemplo, eu n�o tenho visto ultimamente, pelo menos em um hor�rio..., algu�m destacando a hist�ria do museu, valorizando o museu para que ele se tornasse mais amado pela nossa popula��o. Est� aparecendo muita vi�va apaixonada, mas na verdade essas vi�vas n�o amavam tanto assim o museu", afirmou o ministro em entrevista coletiva nesta tarde.
Questionado sobre como o governo poderia alocar recursos para a �rea de educa��o e cultura no or�amento do pr�ximo ano, Marun afirmou que o or�amento do Brasil n�o tem como ser eficiente "enquanto tivermos uma responsabilidade fiscal e uma Previd�ncia cujo d�ficit tira dos cofres p�blicos R$ 1 bilh�o por dia".
O ministro afirmou que o Congresso pode at� destinar mais recursos para o setor, mas destacou que o dinheiro ter� que sair de outras �reas. "Se no Congresso for alterado e for destinado maior valor para a manuten��o de museus, bravo, mas isso vai sair de algum outro lugar", disse. "Isso deve servir de alerta no sentido de que, efetivamente, o Brasil, se n�o equacionar quest�es como a Previd�ncia, vai dali a pouco vai estar com seu or�amento absolutamente inviabilizado e coisas muito importantes como esta, muitas vezes, ficam relegadas a segundo plano e sujeitas a trag�dias como esta", afirmou.
Marun defendeu ainda que os museus desenvolvam formas de financiamento pr�prio para gerar receitas. "O Brasil tem centenas de museus extremamente importantes onde eu tenho convic��o de que temos dificuldades de manuten��o em muitos deles, principalmente nos que n�o t�m sustenta��o pr�pria, que n�o conseguiram equacionar uma forma de sustento. (...) A visita��o deve ser sim uma forma de sustenta��o e temos que ter uma forma de divulga��o das coisas boas", disse. "Temos que buscar formas de receita que n�o sejam somente o aporte de recursos da Uni�o", completou.
Questionado sobre se considera que a UFRJ negligenciou o museu, Marun disse apenas que n�o iria "culpar ningu�m". "N�o conhe�o o que a UFRJ priorizou", disse.
Mais cedo, a Presid�ncia anunciou a cria��o de uma rede de apoio econ�mico para viabilizar a reconstru��o do Museu Nacional com a participa��o de entidades financeiras e empresas p�blicas e privadas.
Comp�em inicialmente essa parceria em prol da mem�ria nacional a Febraban, Bradesco, Ita�, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econ�mica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social, Vale e Petrobras.
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