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Estado de Minas GERAL

Padre relata agress�es da GCM a moradores de rua em espa�o de acolhimento


postado em 14/09/2018 20:32

Um grupo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) invadiu na manh� desta sexta-feira, 14, um espa�o de acolhimento de pessoas em situa��o de rua vinculado � Arquidiocese de S�o Paulo. Segundo relatos, os guardas teriam agredido e utilizado spray e bombas de g�s de pimenta contra moradores do entorno, funcion�rios do local e o padre Julio Lancellotti, de 69 anos, vig�rio episcopal para a Pastoral do Povo da Rua. Uma mulher e tr�s guardas ficaram feridos. Um homem foi detido.

O incidente foi "repudiado" pela arquidiocese em nota divulgada nas redes sociais, que classificou a a��o da GCM como "truculenta", "violenta" e exigiu, ainda, a abertura de uma investiga��o e a puni��o dos respons�veis.

"As agress�es s�o tanto mais inaceit�veis por terem ocorrido dentro de um local destinado ao atendimento da pr�pria popula��o de rua, historicamente abandonada pelo Poder P�blico", diz o texto. "Lamentamos que a viol�ncia diariamente sofrida pelos moradores de rua se volte agora contra entidades e pessoas que tentam devolver o m�nimo de dignidade a esses irm�os."

O n�cleo de acolhimento integra o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, localizado no Belenzinho, zona leste da capital. Segundo o padre Julio, o espa�o nunca foi invadido em 28 anos de atua��o.

Um v�deo divulgado nas redes sociais mostra parte da a��o, quando a GCM j� est� dentro do n�cleo. Nele, guardas aparecem com escudos, cassetetes e espingarda (n�o h� informa��o se eram de balas de borracha), al�m de utilizar spray de g�s de pimenta.

Segundo o padre, a situa��o come�ou por volta das 9 horas, quando guardas come�aram a recolher cobertores, pertences e materiais recicl�veis de pessoas em situa��o de rua. Durante a a��o, teriam cometido agress�es, momento em que os moradores de rua come�aram a atirar pedras e latas.

"Fui para linha de frente tentar impedir que houvesse mais confronto. Eles me cuspiram, me xingaram, me empurraram, me falaram uma por��o de barbaridades. A� invadiram o espa�o de conviv�ncia", afirmou o religioso.

J� o comando da GCM informou, em nota, que determinou a apura��o dos fatos. A corpora��o afirmou que uma equipe da Prefeitura Regional da Mooca realizava trabalhos de zeladoria rotineira no local quando foi hostilizada por moradores de rua.

"Uma viatura da GCM que passava pelo local tentou impedir agress�es, mas foi atacada com pedras, peda�os de pau e barras de ferro. Um guarda foi atingido por uma pedra e sofreu um corte na cabe�a", diz a GCM. "Dois outros agentes tiveram les�es leves, e uma viatura foi danificada."

A Guarda ressaltou que a determina��o da administra��o municipal � para que os pertences dos moradores de rua n�o sejam retirados.

O padre contou, ainda, que os GCMs agrediram principalmente um rapaz de cerca de 25 anos conhecido como Diego Luis Aleixo, que teria sido levado para o 6� Distrito Policial (Cambuci). "Foi muito violento. Fiquei com a perna muito ruim, com dificuldade de caminhar, porque foi muito tenso."

A GCM informou que um homem foi levado ao 6� DP por ter participado das agress�es aos guardas, mas n�o confirmou se era Aleixo.

Lancellotti disse que um guarda chegou a amea�ar prend�-lo. Segundo ele, a situa��o deixou pessoas feridas, uma delas, identificada como Carmen, teria sido levada para atendimento em um hospital.


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