O Brasil teve no ano passado uma expans�o de apenas 3% nas matr�culas do ensino superior, segundo mostram dados do Censo da Educa��o Superior 2017 divulgados nesta quinta-feira, 20. O crescimento s� foi poss�vel por causa do aumento de alunos no ensino a dist�ncia, de 17,6% - o maior desde 2008. J� na modalidade presencial, houve queda de 0,4% de estudantes, puxada pela redu��o na rede privada.
Ao anunciar os n�meros, o ministro da Educa��o, Rossieli Soares, admitiu que � preciso "acelerar o ritmo e mudar a dire��o" do que tem sido feito para a expans�o das matr�culas nessa etapa. Ele disse estar preocupado com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) que mostram que o Pa�s tem 8,9 milh�es de jovens (39% da popula��o dessa faixa et�ria) que conclu�ram o ensino m�dio, mas n�o ingressaram no superior. "� a etapa da vida em que ele deveria ter a oportunidade de buscar conhecimento, forma��o profissional, mas est� ficando de fora", disse.
O aumento do total de matr�culas em 2017 foi maior do que o registrado em 2016, quando o Pa�s teve o pior cen�rio de amplia��o (de 0,2%) do ensino superior desde 1992. Apesar da recupera��o no n�mero de matr�culas, o aumento ainda est� longe do que o Pa�s vinha vivendo nos �ltimos anos. De 1992 a 2015, a m�dia de crescimento de alunos no ensino superior foi de 7,5% ao ano. A dificuldade de voltar ao mesmo ritmo deixa o Pa�s ainda mais distante de atingir a meta do Plano Nacional de Educa��o (PNE), que prev� elevar a taxa l�quida de matr�culas nessa etapa para 33% da popula��o de 18 a 24 anos - apenas 18,1% dos jovens est�o no ensino superior.
O ministro disse tamb�m considerar um avan�o o aumento na modalidade a dist�ncia, que j� representa 21,2% do total de matr�culas no Pa�s. A expans�o deve ser mantida nos pr�ximos anos, pois o MEC mudou no ano passado a regulamenta��o para a abertura de novos polos que ofertam cursos nessa modalidade, impulsionando em mais de 130%. "Independentemente da modalidade, o que importa � a qualidade. O curso ser presencial n�o quer dizer que tenha qualidade. O ponto principal para n�s � incluir mais alunos."
Faculdades
Para as entidades que representam as institui��es de ensino superior, o aumento das matr�culas no EAD n�o se reflete no aumento do ingresso de jovens de 18 a 24 anos nessa etapa, uma vez que os cursos dessa modalidade atraem pessoas mais velhas. Para eles, a inclus�o da faixa et�ria mais nova ainda depende da amplia��o de vagas no ensino presencial, estagnado desde a redu��o de programas como o Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade para Todos (Prouni). "Se n�o h� condi��es para o jovem ingressar no presencial, n�o vamos conseguir alcan�ar a meta", diz Rodrigo Capelato, diretor do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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