Ap�s visita ao Arquivo Nacional nesta ter�a-feira, 25, o ministro da Justi�a, Torquato Jardim, e o comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, Roberto Robadey, garantiram que os pr�dios da institui��o, de guarda de documentos raros da hist�ria do Brasil, como o original da Lei �urea (1888) e os autos dos inconfidentes mineiros, n�o apresentam risco iminente de pegar fogo. O ministro disse que ser�o liberados R$ 7 milh�es nas pr�ximas semanas para interven��es apontadas como necess�rias em 2017 por uma empresa de preven��o de inc�ndio.
Servidores do Arquivo denunciam m�s condi��es das instala��es h� anos; entre elas, o fato de hidrantes estarem desativados e de n�o haver alarme de inc�ndio. Ap�s a destrui��o do Museu Nacional, no �ltimo dia 2, eles voltaram a chamar a aten��o para a vulnerabilidade dos edif�cios, temendo o mesmo fim do museu. Os funcion�rios tamb�m se ressentem da car�ncia de verbas.
O ministro negou tudo: "N�o h� falta de verba. O or�amento de 2017 para 2018 cresceu 33%. O Arquivo est� seguro. N�o encontrei nenhum problema relevante. N�o h� risco algum de inc�ndio nem qualquer tipo de dano ao acervo em larga escala. Todas as medidas necess�rias foram atendidas: temos 18 brigadistas novos, renova��o de contrato de manuten��o, de R$ 1,2 milh�o, quase 300 metros de mangueiras novas, dep�sito de 150 mil litros de �gua para a��o imediata. N�o h� gambiarra, fio desencapado", declarou Jardim. "� natural a rea��o dos servidores e importante o seu engajamento."
Ele ressaltou que o prazo dado pelos bombeiros para que os pr�dios se adequem por completo acaba em mar�o de 2019. "Vamos cumprir rigorosamente o cronograma. At� 31 de dezembro garanto (os repasses)", continuou, referindo-se ao fim do governo Michel Temer (MDB). Jardim afirmou que desde dezembro de 2017 foram liberados R$ 7 milh�es para a moderniza��o dos pr�dios e mais R$ 7 milh�es sair�o nas pr�ximas semanas.
Uma das institui��es mais antigas do Estado brasileiro, o Arquivo Nacional fica na Pra�a da Rep�blica, centro do Rio, e fez 180 anos em janeiro. � o maior �rg�o arquiv�stico do Pa�s, e abriga documentos p�blicos datados desde o s�culo 16. Seu pr�dio principal data de 1868; o anexo F, que guarda 90% do conjunto documental, � dos anos 1960.
Laudo emitido em fevereiro de 2017 pela empresa C.M. Couto Sistemas Contra Inc�ndios dizia que: "Considerando o alto valor dos ativos e informa��es hist�ricas arquivadas na instala��o, � imperiosa a necessidade de substituir a canaliza��o de combate a inc�ndio em car�ter emergencial."
O comandante dos bombeiros disse que n�o h� compara��o entre o estado do Arquivo e o do Museu Nacional antes de pegar fogo - embora ambos tenham um mesmo problema: a falta de certifica��o da corpora��o para funcionar.
A �ltima inspe��o fora no dia 1� de fevereiro. Algumas exig�ncias ainda n�o foram cumpridas, mas o Arquivo ainda tem seis meses para atend�-las. "Se fosse uma boate, n�o estaria funcionando", afirmou Robadey. "Mas um pr�dio desses � melhor estar aberto, com pessoas circulando. Mas (o Arquivo) est� 200 anos na frente (do museu). O estado � muito bom para uma edifica��o dessa idade. O que me avisaram que estava ruim eu achei muito bom. H� portas anti-inc�ndio novas. O que vi hoje me deixou tranquilo em rela��o �s pessoas e aos documentos. N�o h� nenhum risco iminente vis�vel."
GERAL