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Estado de Minas GERAL

Seres humanos comem pl�stico sem saber, mostra pesquisa


postado em 22/10/2018 20:41

Usado no dia a dia de forma exagerada e descartado sem cuidado, o pl�stico pode estar literalmente envenenando os seres humanos. Um estudo in�dito apresentado no 26� Congresso Europeu de Gastroenterologia, em Viena, revelou que estamos ingerindo regularmente pelo menos nove tipos diferentes de pl�stico, sem nem nos darmos conta do problema.

Pesquisadores da Universidade de Medicina de Viena e da Ag�ncia de Meio Ambiente da �ustria monitoraram um grupo de participantes de oito pa�ses diferentes (Finl�ndia, It�lia, Jap�o, Holanda, Pol�nia, R�ssia, Reino Unido e �ustria). Os cientistas descobriram que todas as amostras de fezes coletadas nos mais variados pontos do planeta continham micropl�stico.

O que os cientistas chamam de micropl�stico s�o part�culas de pl�stico de menos de cinco mil�metros. Esses res�duos s�o criados a partir do descarte e da degrada��o de peda�os maiores de pl�stico. Mas tamb�m s�o produzidas industrialmente para o uso em alguns produtos. O micropl�stico tem impacto na sa�de humana, sobretudo no trato gastrointestinal, onde pode interferir na resposta imunol�gica do organismo.

O estudo foi feito com grupos de participantes de oito pa�ses. Cada volunt�rio manteve um detalhado di�rio de sua alimenta��o na semana que precedeu a coleta de amostra de fezes. Os di�rios alimentares revelaram que todos os participantes s�o expostos aos pl�sticos, seja pelo consumo de alimentos embrulhados em pl�stico ou por beberem l�quidos em garrafas de pl�stico. Muitos tamb�m consumiram peixes.

As amostras de fezes foram testadas pela Ag�ncia Ambiental da �ustria para a presen�a de dez diferentes tipos de pl�stico. At� nove variantes foram detectadas, em tamanhos que variaram de 50 a 500 micrometros (um micr�metro equivale � mil�sima parte do mil�metro). Os tipos de pl�stico mais frequentemente encontrados foram o polietileno e o PET.

"� o primeiro estudo deste tipo a comprovar o que suspeitamos h� tempos: que os pl�sticos, no fim, acabam atingindo o intestino humano", afirmou o principal autor do estudo, Philipp Schwabl. "� particularmente preocupante no que tange aos pacientes com doen�as gastrointestinais. Em estudos com animais, as maiores concentra��es de pl�stico foram encontradas no intestino, mas tamb�m foram encontradas part�culas menores capazes de entrar na corrente sangu�nea, no sistema linf�tico, podendo ate alcan�ar o f�gado. Agora que temos os primeiros ind�cios de micropl�sticos no organismo humano, precisamos de mais pesquisa para entender o impacto na sa�de humana."

A produ��o global de pl�stico vem aumentando substancialmente desde o in�cio dos anos 50. Estima-se que, por conta da polui��o, de 2% a 5% de todo o pl�stico produzido no mundo acaba nos oceanos. L�, eles acabam sendo consumidos por animais marinhos, entrando na cadeia alimentar humana.

Quantidades significativas de micropl�stico j� foram encontradas em atum, lagosta e camar�o. Segundo cientistas, � muito prov�vel que haja tamb�m contamina��o ao longo da cadeia de processamento de alimento e mesmo na embalagem.


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