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Estado de Minas GERAL

Solu��o para o Rio? Quem s�o os snipers


postado em 02/11/2018 07:50

Os novos personagens que o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), quer levar para as zonas conflitadas da cidade e do Estado s�o figuras discretas. Atiradores de elite, os snipers, na denomina��o em ingl�s, n�o t�m nome, n�o devem ser vistos e quase sempre agem como sombras, confundidos com o cen�rio. Ainda assim s�o eficientes em seu trabalho: eliminar amea�as, matar pessoas. Podem atingir a cabe�a de um homem a meio quil�metro de dist�ncia, de tal forma que o alvo caia im�vel.

Nesse caso, o objetivo � impedir a rea��o nervosa espont�nea do dedo no gatilho de uma arma apontada para um ref�m ou da m�o que segura o disparador de uma bomba, explica um especialista do Centro de Instru��o de Opera��es Especiais do Ex�rcito, em Niter�i, onde s�o formados os ca�adores, a tropa do tiro de precis�o.

Homem calmo e de fala mansa, ele diz que n�o h� a menor dificuldade em fazer o trabalho para o qual a sele��o � rigorosa e o treinamento, severo. Marinha, Aeron�utica, PF e as pol�cias estaduais mant�m quadros pr�prios dedicados a esse tipo de a��o letal. Pouco se sabe a respeito de sua folha de servi�os.

Witzel quer formar times de atiradores para abater quem for visto portando fuzis em meio �s favelas e �s comunidades. N�o � t�o simples. Pela legisla��o, a posse do rifle n�o autoriza o disparo letal - embora exija pris�o.

Criminalistas ouvidos pela reportagem acreditam que isso s� seria poss�vel em uma situa��o de exce��o, como a declara��o de estado de s�tio ou de defesa, quando h� a supress�o dos direitos constitucionais. Claro, em um confronto, vale o princ�pio da leg�tima defesa e da destrui��o da amea�a. Juiz federal, Witzel diz que se trata de uma quest�o de interpreta��o da lei, que prefere "defender o policial (que atirar para matar) no tribunal do que ir ao funeral dele".

Os snipers das For�as Armadas atuam em situa��es de conflagra��o, apoiando a seguran�a da tropa e de autoridades, obtendo informa��es e neutralizando alvos selecionados. Os times policiais acrescentam "outro objeto" � lista, eventuais sequestradores que mantenham ref�ns sob risco. O tiro � feito quase sempre em duplas: o atirador e o observador, que fornece as informa��es de apoio.

O disparo deve ser feito na faixa de 300 metros para que a posi��o n�o seja detectada. A incid�ncia de luz precisa ser considerada para evitar o reflexo na lente do sistema de mira. A dupla usa traje camuflado e �s vezes uma cobertura para confundir o olheiro. As For�as empregam cinco diferentes tipos de fuzis, entre os quais os imensos Barrett M82A1 .50, americanos.

Os militares e policiais candidatos � fun��o s�o volunt�rios. Eles t�m entre 25 e 35 anos. Precisam ter passado por outros n�veis de qualifica��o nas for�as de opera��es especiais. O condicionamento f�sico � exigente. Alimenta��o balanceada, peso ideal e press�o arterial normal s�o pr�-requisitos.

No momento do disparo, s� o dedo indicador deve se movimentar; a respira��o precisa estar no ritmo do batimento card�aco e o acionamento do gatilho deve ser suave - tudo isso para evitar desvios de trajet�ria, explica o especialista do Ex�rcito.

O abandono durante o ciclo de instru��o � alto. Em um dos cursos de tr�s semanas do Batalh�o de Infantaria Especial da Aeron�utica, em 2005, foram formados 14 atiradores. Houve quatro desligamentos.


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