O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse nesta segunda-feira, 19, que ainda est� avaliando se pedir� ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), a manuten��o das For�as Armadas no Estado. Tropas militares est�o atuando no Rio desde fevereiro, quando foi decretada a interven��o federal na seguran�a e o secret�rio de Seguran�a se tornou o general Richard Nunes.
A interven��o vale at� 31 de dezembro. Witzel j� havia declarado que pediria a Bolsonaro a perman�ncia das tropas por dez meses, de janeiro a outubro, mediante decreto de Garantia da Lei e da Ordem, como j� aconteceu outras vezes no passado recente.
"Ainda n�o tomei essa decis�o. Antes, � necess�rio que se conclua a transi��o. S� depois da apresenta��o do nosso plano de seguran�a, que ser� feita at� o fim de dezembro, teremos melhores condi��es para avaliar essa quest�o", explicou Witzel, ap�s reuni�o com o interventor federal na seguran�a, general Walter Braga Netto.
"Tenho que ver a necessidade de se manter ou n�o, conversar com o presidente. Estamos adquirindo mais equipamentos, a tropa est� com outra disposi��o, os �ndices de criminalidade est�o sendo reduzidos. A manuten��o da GLO por seis ou dez meses depende de se conversar. Vamos estudar os requisitos espec�ficos para se poder postular", afirmou.
O governador eleito esteve com o interventor no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que serve � seguran�a p�blica. Ele disse que no ano que vem as pol�cias Civil e Militar ter�o "plenas condi��es" de desempenhar suas fun��es (agora, sob o comando estadual, e n�o mais federal).
"O general Walter Braga Netto me apresentou as quest�es que ainda ser�o necess�rias a partir de 1� de janeiro, com o fim da interven��o. Trata-se da consolida��o das compras que est�o sendo agora empenhadas, dentro do total de R$ 1 bilh�o que veio com a interven��o, para que as pol�cias civil e militar possam continuar fazendo o seu trabalho de forma adequada", disse Witzel.
"Esse material, novos equipamentos, ve�culos e outros insumos necess�rios, vai ser consolidado de janeiro at� o dia 31 de julho, e a estrutura para viabilizar isso ficar� no Comando Militar do Leste", declarou, elogiando o "legado deixado pela interven��o" para a efici�ncia das pol�cias.
A interven��o foi decretada pelo presidente Michel Temer (MDB) ap�s problemas de seguran�a no carnaval. Assim, o comando da seguran�a saiu das m�os do governador Luiz Fernando Pez�o (MDB). De l� para c�, ca�ram �ndices de roubos e aumentou os de mortes cometidas pela pol�cia. No m�s de outubro, foram 127 ocorr�ncias, um aumento de 30% em rela��o ao mesmo m�s de 2017, e de 17,5% na compara��o com setembro passado. Nestes noves meses, o n�mero de mortes decorrentes de interven��o policial somou 1.151 no Estado.
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