O ministro da Educa��o, Rossieli Soares, voltou a criticar o projeto "Escola sem Partido" no momento em que o procurador regional da Rep�blica do Distrito Federal, Guilherme Schelb, defensor da proposta, � cotado para a Pasta pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Ap�s cerim�nia de comemora��o dos 50 anos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE), o atual ministro n�o quis opinar sobre o nome de Schelb, mas disse esperar que Bolsonaro escolha algu�m que "ame a educa��o" e se colocou � disposi��o para fazer uma transi��o no minist�rio.
Durante seu discurso na cerim�nia, que ocorreu no Pal�cio do Planalto, Soares afirmou que o setor "perde tempo" quando discute "coisas laterais" al�m do que ele considera fundamental para a educa��o, que � a melhora da aprendizagem dos estudantes. Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que o Brasil n�o precisa de uma lei como a "Escola sem Partido", em discuss�o no Congresso. "O Brasil n�o precisa de um projeto de lei desses. N�o pode ter ideologiza��o e partidariza��o dentro da escola nem de um lado, nem de outro. Precisa ter ideologia da aprendizagem", declarou o ministro, para quem o Pa�s precisa ter foco.
Al�m de manifestar uma opini�o diferente da de seu poss�vel sucessor em rela��o ao projeto, Soares enfrenta ainda outra opini�o divergente: a do seu futuro chefe, o governador eleito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB). O ministro foi escolhido pelo tucano como secret�rio estadual de Educa��o no pr�ximo governo. Doria j� se posicionou favor�vel � bandeira da proposta, cuja discuss�o enfrenta forte diverg�ncia entre parlamentares na C�mara dos Deputados. "Vou precisar de sorte", disse Soares � reportagem em refer�ncia � gest�o no Estado.
Transi��o
O MEC recebeu uma comitiva da equipe de transi��o do presidente eleito na �ltima ter�a-feira, 20. A atual gest�o vai deixar pronta uma proposta de forma��o de professores e j� est� encaminhando outras medidas que ficar�o a cargo do pr�ximo governo. O minist�rio estendeu para at� 29 de mar�o o prazo, que terminaria em dezembro deste ano, para que Estados e munic�pios solicitem a retomada de obras.
Al�m disso, o FNDE firmou um acordo com o Banco do Brasil para emiss�o de cart�es destinados a Estados e munic�pios e voltados � aquisi��o de alimentos para merenda escolar. Os primeiros foram entregues nesta tarde aos Estados da Bahia e de S�o Paulo. O modelo promete eliminar a necessidade de escolas emitirem folhas de cheque para fazer o pagamento de merenda escolar.
"Espero que ele (Bolsonaro) escolha uma pessoa que ame a educa��o, que toque a educa��o brasileira. N�o podemos deixar de avan�ar na educa��o brasileira e eu desejo muita sorte ao presidente eleito nessa busca, nessa escolha", declarou o ministro, dizendo que n�o iria opinar sobre de Schelb por n�o ter "intimidade" com ele.
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GERAL
Ministro critica 'Escola sem Partido' e apela por sucessor que 'ame a educa��o'
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