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Estado de Minas GERAL

COP-24 quer regular Acordo de Paris


postado em 03/12/2018 08:26

Com a miss�o de criar um plano de a��o para implementar o Acordo de Paris, a Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Mudan�as Clim�ticas, a COP-24, foi aberta neste domingo, 2, em Katowice, na Pol�nia. O encontro, que seguir� at� o dia 14, re�ne cerca de 30 mil delegados de 197 pa�ses.

"N�o devemos esquecer as raz�es pelas quais estamos aqui. Estamos aqui para articular a a��o global contra mudan�as clim�ticas. Nenhum governo sozinho pode resolver esse problema. � hora de dar vida ao Acordo de Paris", declarou o polon�s Michal Kurtyka, presidente da COP-24, na abertura.

Assinado em 2015, o Acordo de Paris tem o objetivo de conter as emiss�es de gases de efeito estufa e manter o aumento da temperatura do planeta abaixo de 2�C, se poss�vel em at� 1,5�C. No centro da COP deste ano est� o financiamento das a��es necess�rias, considerando a meta de doa��o de pelo menos US$ 100 bilh�es (cerca de R$ 386 bilh�es) por ano de pa�ses desenvolvidos para as na��es de menor renda.

Entre as a��es que devem ser promovidas est� a prote��o de ecossistemas que absorvem gases causadores do efeito estufa, como as florestas, al�m do fortalecimento de iniciativas de adapta��o e de redu��o da vulnerabilidade aos efeitos das mudan�as clim�ticas.

A organiza��o da COP-24 tamb�m espera estimular que os pa�ses criem planos para iniciar o cumprimento das metas a partir de 2020, data estabelecida pelo Acordo de Paris. A expectativa � de que os pa�ses acordem como ser�o feitos os registros e como os governos reportar�o suas emiss�es de gases de efeito estufa.

Neste ano, a delega��o brasileira, representada por integrantes do Itamaraty, do Minist�rio do Meio Ambiente, da academia e da sociedade civil, est� menor e, para especialistas, dever� ter uma atua��o diferente da dos anos anteriores, em raz�o das posi��es do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e da desist�ncia do futuro governo de sediar, em 2019, a COP-25.

"A delega��o brasileira vai estar profundamente constrangida e inibida com a situa��o. E o Brasil, que sempre foi vanguarda nos processos negociadores, sempre teve um grande papel de articula��o dos outros pa�ses, possivelmente ser� o mais discreto poss�vel", afirma o coordenador executivo do F�rum Brasileiro de Mudan�as Clim�ticas, Alfredo Sirkis.

Para ele, a COP deste ano ter� import�ncia pol�tica. Sirkis afirma que ter�o peso durante as discuss�es o an�ncio do presidente americano, Donald Trump, de que os Estados Unidos sair�o do Acordo de Paris, al�m de aceno semelhante feito por Bolsonaro.

Tamb�m deve influenciar o clima pol�tico a rec�m realizada reuni�o do G-20 em Buenos Aires. Nela, o presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, afirmou que os acordos comerciais do seu pa�s est�o condicionados ao compromisso dos governos da Am�rica Latina em rela��o ao Acordo de Paris. Na ocasi�o, os presidentes dos pa�ses latino-americanos, entre eles Michel Temer, refor�aram a ades�o ao Acordo de Paris.

De acordo com o secret�rio de Mudan�a do Clima e Florestas do Minist�rio do Meio Ambiente, Thiago Mendes, o Brasil apresentar� 42 projetos de empresas e da sociedade civil que promovem baixas emiss�es de CO2. "Isso � muito inovador. N�o vimos nenhum pa�s trabalhando nessa linha, com n�mero de casos t�o vasto e t�o diverso."

Mendes tamb�m afirmou que ser�o apresentados "dados s�lidos" da redu��o do desmatamento no Pa�s dos �ltimos dez anos. "Mesmo tendo varia��es, ca�mos de mais de 20 mil m2 (desmatados) para 7,9 mil m2 por ano." No fim de novembro, o governo divulgou aumento de 13,7% no desmate entre agosto de 2017 e julho de 2018, em compara��o ao ciclo anterior.

Tradicionalmente associada � explora��o de carv�o e � ind�stria pesada, a pequena Katowice, com 300 mil habitantes, foi a escolhida para sediar a COP-24. A minera��o de carv�o, principal base energ�tica da Pol�nia, foi revitalizada no munic�pio, que se tornou refer�ncia por adotar novas tecnologias, modernizar o setor de neg�cios e atrair investimentos sustent�veis. Mesmo assim, a organiza��o da COP-24 espera forte presen�a do lobby dos combust�veis. (Com ag�ncias internacionais). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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