Pesquisadores australianos desenvolveram um teste experimental que, caso seja bem-sucedido em estudos futuros, poder� ser o primeiro exame a detectar de forma simples qualquer tipo de c�ncer atualmente descrito pela Medicina.
O estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Queensland, e publicado nesta ter�a-feira, 4, na revista cient�fica Nature Communications, utilizou amostras de c�lulas de 200 pacientes com os mais diferentes tipos de tumor e verificou que certas express�es do DNA s�o diferentes entre c�lulas cancer�genas e c�lulas saud�veis.
Por meio de experimentos em que as c�lulas foram dissolvidas em uma solu��o aquosa e tamb�m testadas quanto � afinidade com ouro, os pesquisadores australianos observaram que as c�lulas de todos os tipos de c�ncer tinham o mesmo comportamento nesses experimentos.
Assim, os cientistas descobriram que, com uma simples amostra de sangue, � poss�vel testar as c�lulas e descobrir, em apenas dez minutos, se h� essa altera��o no DNA que indica a presen�a de c�lulas cancer�genas no organismo.
De acordo com os pesquisadores, o teste teve precis�o de 89%, ou seja, acertou a presen�a de c�lulas cancer�genas em 89 de cada 100 casos.
Os cientistas destacam, no entanto, que, embora o teste seja capaz de diagnosticar qualquer c�lula cancer�gena, ele n�o indica qual � o tipo de tumor nem a gravidade da doen�a identificada.
Avan�o
De acordo com o m�dico Tulio Pfiffer, oncologista cl�nico do Hospital S�rio-Liban�s, embora ainda em fase de estudos, o teste representaria grande avan�o na detec��o precoce de tumores. "Hoje at� temos exames que identificam prote�nas classificadas como marcadores tumorais, mas esses marcadores s�o imprecisos e existem apenas em alguns tipos de tumores", diz.
A pesquisa dos cientistas australianos, explica Pfiffer, cria uma nova abordagem no processo de detec��o de c�lulas cancer�genas. "Atualmente, com as bi�psias, buscamos altera��es na biologia do DNA. Com esse teste, que � muito mais simples, estaremos olhando para aspectos f�sico-qu�micos do DNA alterado pelo tumor, como o simples fato de ele se agregar ou n�o � mol�culas de �gua ou barras de ouro, afirma o especialista" As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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