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Estado de Minas GERAL

Em um dia, for�a-tarefa do MP de Goi�s recebe 40 den�ncias sobre Jo�o de Deus


postado em 11/12/2018 07:29

A for�a-tarefa do Minist�rio P�blico de Goi�s (MP-GO), criada para investigar os casos de abuso sexual que teriam sido cometidos por Jo�o Teixeira de Faria, o m�dium Jo�o de Deus, recebeu nesta segunda-feira, 10, 40 contatos formais de v�timas. A Promotoria e a Pol�cia Civil come�ou a agendar os depoimentos das mulheres.

As conversas informais ouvidas at� o momento pelo MP-GO indicam que a investiga��o ter� como ponto central o abuso sexual. Mas, al�m disso, ser� avaliada tamb�m a pr�tica de outros crimes. Nem Promotoria nem pol�cia informaram quais seriam os demais delitos.

As duas institui��es se preparam para a possibilidade de pedir o fechamento preventivo da Casa Dom In�cio de Loyola, onde os atendimentos s�o realizados. "Temos ainda de avaliar os depoimentos que forem formalizados. Dependendo do que for constatado, essa hip�tese n�o est� descartada", afirmou o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Minist�rio P�blico de Goi�s, Luciano Meireles. A medida seria tomada para evitar a eventual pr�tica de novos delitos.

As investiga��es agora ser�o feitas de forma simult�nea pelo MP-GO e pela Pol�cia Civil, que tamb�m formou um grupo espec�fico para a investiga��o. A pol�cia recebeu o contato de mais duas mulheres. Al�m disso, no fim de semana, foram registrados dois boletins de ocorr�ncia contra o religioso.

Promotores afirmam ser indispens�vel que v�timas formalizem as den�ncias. Al�m de depoimentos, ser�o usados como prova laudos psic�logicos. Meireles disse que, conforme o andamento da coleta de provas, casos semelhantes que j� haviam sido arquivados poder�o ser reabertos. A equipe j� identificou um caso arquivado e um processo em que Jo�o de Deus recebeu acusa��o semelhante, mas foi absolvido (veja abaixo). O representante do MP-GO afirma que as penas, somadas, podem chegar a mais de 150 anos.

Para tornar mais �gil o processo de den�ncia, o MP-GO criou um e-mail espec�fico para receber relatos de v�timas: [email protected]. Queixas feitos em outros Estados e at� no exterior tamb�m ser�o registradas. Segundo Marcella Or�ai, delegada de Goi�s, isso poder� ser feito nas embaixadas.

No caso de v�timas em outros Estados, os depoimentos podem ser feitos diante da Pol�cia Civil ou Minist�rio P�blico das suas cidades. "No caso do MP, os relatos depois ser�o enviados para Goi�s", disse Meireles. Em Minas, ao menos duas pessoas j� fizeram den�ncia, segundo a Promotoria local.

S�o Paulo

Ao menos 30 den�ncias foram levadas ao MP paulista, segundo a promotora Maria Gabriela Manssur. Como as investiga��es s� come�aram agora, n�o � poss�vel dizer se h� duplicidade de relatos com as den�ncias feitas ao MP de Goi�s. Ela considera que o n�mero de casos de abusos pode chegar a 200 no Pa�s, segundo relatos em grupos de v�timas. No Estado, quatro promotores v�o atender as autoras das queixas.

Presidente do grupo V�timas Unidas, criado por v�timas do ex-m�dico Roger Abdelmassih, Maria do Carmo dos Santos diz que as autoras de denuncias ainda est�o sendo amea�adas. "Muito mais vai aparecer." Segundo ela, v�timas e apoiadores se organizam para garantir que Jo�o de Deus seja punido, diferentemente do que ocorreu em outras acusa��es esparsas. Em paralelo, ativistas lan�aram a hashtag #OprahWeNeedYou (Oprah, precisamos de voc�) para cobrar um posicionamento da apresentadora Oprah Winfrey, que retratou o m�dium em programas da TV americana . "Cad� o movimento 'Mexeu com uma, mexeu com todas'?"

A Federa��o Esp�rita Brasileira divulgou nota, dizendo que "o servi�o espiritual n�o deve ocorrer isoladamente, apenas com a presen�a do m�dium e da pessoa assistida".

Defesa

O l�der espiritual Jo�o de Deus passou a segunda-feira em S�o Paulo para se encontrar com seu advogado, Alberto Zacharias Toron. Segundo o defensor, um of�cio foi encaminhado para o Minist�rio P�blico e outros seriam enviados para a Delegacia de Pol�cia e o F�rum de Abadi�nia (GO), informando que Jo�o de Deus est� � disposi��o para esclarecimentos. "Ele volta para Abadi�nia para exercer o trabalho dele, ajudando as pessoas como vem fazendo nos �ltimos 40 anos", afirmou o criminalista.

Conforme o site de O Globo noticiou nesta segunda � noite, no documento protocolado na Justi�a de Abadi�nia, a defesa diz ter recebido "com indigna��o" as acusa��es. Assinado por Toron, o of�cio registra que Jo�o de Deus "recha�a" o que classifica de "qualquer pr�tica impr�pria dos seus procedimentos", como havia dito em respostas enviadas � TV Globo. A reportagem n�o conseguiu contato com a assessoria de imprensa do m�dium. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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