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Estado de Minas GERAL

O triste fim do navio pioneiro na Ant�rtida


postado em 16/12/2018 09:32

O navio que protagonizou centenas de expedi��es cient�ficas brasileiras hoje tem apenas pombos a bordo. Na lateral, ainda traz a inscri��o "Universidade de S�o Paulo", mas sob uma cobertura de musgo. Pr�ximo � proa, em meio � ferrugem, resta o nome que o tornou refer�ncia nacional, "Prof. W. Besnard", enquanto o mastro sustenta uma bandeira do Brasil desfiada pela metade.

A embarca��o foi pioneira na oceanografia civil do Pa�s, estando ativa por mais de 40 anos e participando da primeira expedi��o brasileira � Ant�rtida. Na �ltima d�cada, j� aposentado, teve a destina��o modificada diversas vezes, desde ser transformado em sucata at� ser repassado ao Uruguai, dentre outros.

Em julho, dois anos ap�s ser doado pelo Instituto Oceanogr�fico da USP � prefeitura de Ilhabela, teve o afundamento decidido em audi�ncia p�blica, a fim de virar um recife artificial. Um m�s depois, contudo, a embarca��o teve a abertura de estudo de tombamento aprovada pelo Conselho de Defesa do Patrim�nio Hist�rico, Arqueol�gico, Art�stico e Tur�stico (Condephaat), o que dificulta os planos.

Na pr�tica, a embarca��o passa a ser provisoriamente tombada at� que t�cnicos do Estado realizem um estudo que ser� remetido para aprecia��o pelo Condephaat, o que n�o costuma levar menos de um ano. No processo, modifica��es no navio, como restauro e afundamento, precisam ter aval do conselho.

A decis�o � contestada por Ilhabela, sob o argumento de que o valor do navio estava nos itens que foram retirados do seu interior pela USP (como sino e tim�o) e n�o seria mais poss�vel recuper�-lo. "Est� totalmente degradado", afirma Ricardo Fazzini, secret�rio de Desenvolvimento Econ�mico e do Turismo de Ilhabela. Segundo a prefeitura, o navio n�o passa por manuten��o desde outubro, pelo encerramento de um contrato terceirizado. A administra��o municipal diz estar em negocia��o para retomar o servi�o, avaliado em cerca de R$ 50 mil mensais, de acordo com o secret�rio. "N�o era projeto nosso. A gente assumiu com a embarca��o naquela situa��o. Mas tem de dar um fim, estamos continuando o projeto. A gente tinha assumido aquele equipamento j� com esse destino", afirma Fazzini.

Se o Condephaat arquivar o pedido de tombamento, o pr�ximo passo � fazer o licenciamento ambiental da �rea onde ocorrer� o afundamento, ainda n�o definida. Em paralelo, tamb�m ser� necess�rio fazer a descontamina��o da embarca��o, para retirar componentes que possam causar dano ambiental.

Parque

Segundo Fazzini, embora Ilhabela tenha embarca��es naufragadas, elas s�o de dif�cil acesso para mergulhadores principiantes. No caso do Prof. W. Besnard, a ideia � criar um "parque submarino", de acesso f�cil e a 30 metros de profundidade.

Atualmente, a Prefeitura det�m d�vida de cerca de R$ 600 mil com a Companhia de Docas do Estado de S�o Paulo (Codesp) pelas estadias da embarca��o no Porto de Santos, o que est� em negocia��o. O custo mensal � de cerca de R$ 20 mil, de acordo com a Codesp.

Outra pend�ncia envolvendo o navio � uma notifica��o enviada em julho para a retirada de Santos. Segundo Ana Ang�lica Alabarce, analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama), a embarca��o corre o risco de naufragar e causar "impacto ambiental muito maior". "Ele est� em condi��es terr�veis", afirma. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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