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Estado de Minas GERAL

Defesa de Jo�o de Deus usa 'passado' das v�timas para questionar depoimentos


postado em 17/12/2018 10:57

O criminalista Alberto Toron, que representa o m�dium Jo�o Teixeira de Faria, o Jo�o de Deus, deve fazer um "escrut�nio" dos depoimentos das v�timas como parte da estrat�gia para tirar o cr�dito de den�ncias contra o l�der religioso. Segundo Toron, � preciso analisar "o contexto" das den�ncias contra seu cliente para saber se o depoimento de algumas dessas mulheres t�m "cr�dito ou n�o".

O argumento do advogado faz refer�ncia, por exemplo, ao depoimento de Zahira Leeneke Maus, uma core�grafa holandesa que falou ao programa "Conversa com Bial", da TV Globo. Segundo Toron, a v�tima teria um passado ligado � prostitui��o e extors�o.

"H� uma holandesa que foi exibida, salvo erro de mem�ria, no programa do Pedro Bial. Por�m esta holandesa, estou recebendo informa��es j� com um dossi�, tem um passado nada recomend�vel, o que pode descredibilizar (sic) (o depoimento). Quero dizer que ela era uma prostituta e tinha um passado de extors�o", disse.

"A comprova��o desses e outros fatos, se pessoas querem se aproveitar para pedir dinheiro ou n�o, se o passado dela a compromete ou n�o, tudo isso vai ter que ser analisado corretamente a partir da cr�tica a esses depoimentos", complementou o defensor.

Toron disse que o problema n�o seria a v�tima ter sido prostituta, mas sim ter praticado extors�o, algo que estaria em um "dossi�" recebido pela defesa. "� �bvio que o fato de a pessoa ter sido prostituta n�o a descredibiliza, mas � preciso ver o contexto da vida dessa mulher para ver se ela tem cr�dito ou n�o. Isso n�s n�o fizemos ainda por absoluta aus�ncia de tempo. Mesmo o depoimento dessa holandesa, n�s n�o tivemos acesso a esse depoimento ainda", afirmou.

Outra v�tima cujas acusa��es foram colocadas em xeque � uma das filhas de Jo�o de Deus, que disse ter sido abusada pelo m�dium ainda quando era crian�a. Depois que o v�deo ganhou as redes sociais, ela gravou um outro depoimento negando o primeiro, mas, recentemente, disse ter sido coagida a faz�-lo. O criminalista afirmou que a filha tem um passado de "interna��es" e, justificou, que, por isso, Jo�o de Deus aceitou fazer um acordo na Justi�a.

"A hist�ria � muito diferente. Essa mo�a (filha de Jo�o de Deus) foi internada v�rias vezes, (o acordo) foi at� uma forma de ajudar a filha. E a� se celebrou um acordo no processo civil. Ela fez mais de um v�deo retirando e desmentindo essas acusa��es e depois voltou � carga. Fica muito dif�cil compreender o que acontece com ela, ela tem um hist�ria de interna��es tamb�m. N�o quero nem me aprofundar isso em respeito a ela", afirmou.

O advogado negou que fazer esse tipo de avalia��o das den�ncias seja jogo sujo. "Jogo sujo � algu�m acusar falsamente outra pessoa de uma pr�tica t�o grave, o que estou querendo dizer, sem jogo sujo, � que n�s precisamos fazer um escrut�nio calmo para n�o linchar uma pessoa sem direito de defesa", rebateu. "Soa estranho que uma mulher que se diz violentada volte (atr�s) uma duas, tr�s, oito vezes, Isso precisa ser escrutinado, n�o se trata de fazer jogo sujo", finalizou.


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