
Os contratempos come�aram na hora de registrar a vers�o de Jo�o de Deus sobre os fatos dos quais � acusado. Quando o escriv�o tentou digitar as palavras do m�dium, o teclado do computador travou em uma letra espec�fica e essa ficou sendo registrada na tela continuamente durante alguns segundos.
O outro fato que gerou desconforto na equipe foi um curto-circuito. Os policiais haviam ligado um frigobar e o ar-condicionado na mesma extens�o, o que gerou uma pequena explos�o e queimou o frigobar da Delegacia Estadual de Investiga��o Criminal (DEIC), local onde o depoimento de Jo�o de Deus foi colhido.
Houve at� quem colocasse no mesmo pacote o atropelamento de um escriv�o da Pol�cia Civil de Goi�s, horas antes do interrogat�rio. Isso porque o policial se dirigia ao DEIC no momento do acidente para participar das atividades relacionadas � pris�o de Jo�o de Deus.
"N�o foi nada que interferisse no trabalho, mas teve sim (problemas). Ele (Jo�o de Deus) se manteve em sil�ncio. Mas teve um curto-circuito na sala do interrogat�rio e o computador teve uma falha que come�ou a imprimir uma letra sem parar", explicou o delegado-geral da Pol�cia Civil de Goi�s, Andr� Fernandes. "E um escriv�o que, ao se deslocar para o trabalho, quebrou o bra�o", acrescentou.
A delegada Karla Fernandes, coordenadora da for�a-tarefa que investiga o m�dium, disse acreditar que o religioso tenha, de fato, "poder medi�nico", mas avaliou que ele "se desviou" ao longo de sua trajet�ria em Abadi�nia (GO).
Jo�o de Deus est�, neste momento, no Complexo Penitenci�rio de Aparecida de Goi�nia, a 20 quil�metros da capital. Ele divide a cela com tr�s advogados desde a noite de domingo, 16, quando chegou � cadeia ap�s prestar depoimento e fazer exame de corpo de delito em Goi�nia.