(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Jo�o de Deus cometeu estelionato sexual e costumava oferecer presentes �s vitimas

O inqu�rito conclu�do pelos investigadores leva em conta o caso de uma �nica v�tima, de aproximadamente 40 anos de idade


postado em 20/12/2018 19:39 / atualizado em 20/12/2018 19:46

A Polícia Civil de Goiás concluiu o primeiro inquérito contra o líder religioso(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
A Pol�cia Civil de Goi�s concluiu o primeiro inqu�rito contra o l�der religioso (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
O delegado Valdemir Pereira, um dos coordenadores da for�a-tarefa que investiga o m�dium Jo�o de Deus por abuso sexual, disse nesta quinta-feira, 20, que a Pol�cia Civil de Goi�s tem "provas robustas" para que o l�der religioso seja condenado por viol�ncia sexual mediante fraude. Segundo Pereira, o m�dium cometeu "estelionato sexual" e tinha o h�bito de oferecer presentes �s v�timas para silenci�-las.

Nesta quinta-feira, a Pol�cia Civil de Goi�s concluiu o primeiro inqu�rito contra o l�der religioso e decidiu pedir seu indiciamento pelo crime de "viol�ncia sexual mediante fraude", artigo 215 do C�digo Penal, j� que o agressor fazia o abuso parecer uma pr�tica comum da consulta espiritual. A pena para esse crime varia de dois a seis anos de cadeia, em regime fechado.

"Foi um estelionato sexual, a v�tima foi l� (Casa Dom In�cio de Loyola) para ser curada e ele (Jo�o de Deus), aproveitando dessa situa��o, enganou a v�tima e abusou dela sexualmente. A Pol�cia Civil entende que h� provas robustas contra o investigado", afirmou o delegado.

O inqu�rito conclu�do pelos investigadores leva em conta o caso de uma �nica v�tima, de aproximadamente 40 anos de idade, que sofreu o abuso sexual em outubro deste ano. Para encerrar a apura��o, a Pol�cia Civil de Goi�s levou, na quarta-feira, 19, a mulher ao local, a Casa Dom In�cio de Loyola, onde Jo�o de Deus fazia os atendimentos espirituais. Ela reconheceu a sala onde foi abusada e voltou a dar detalhes de como aconteceu o crime.

"Levamos a v�tima ao local e ela descreveu onde foi abusada. A per�cia esteve no local e a Pol�cia Civil entende que h� provas para uma condena��o", afirmou o policial.

Inicialmente, a investiga��o tinha 15 casos, mas apenas um deles aconteceu depois de junho de 2018, pois, at� setembro, o C�digo Penal determinava prazo m�ximo de seis meses para a den�ncia ap�s o crime. Ainda assim, algumas das v�timas servir�o como testemunha no processo. Como se trata da �nica v�tima, o policial relatou que a mulher est� "ansiosa" e com "medo".

O delegado contou ainda que Jo�o de Deus tinha a pr�tica "comum" de oferecer presentes �s mulheres ap�s tentar os abusos, com o objetivo de evitar que elas o denunciassem. "Isso (tentativa de silenciar a v�tima) ficou muito claro. Essa � uma pr�tica comum dele. Ele abusa sexualmente da v�tima e depois d� presentes �s pessoas abusadas", explicou.

O caso. A reportagem apurou que, neste caso espec�fico, a mulher visitou a Casa Dom In�cio de Loyola v�rias vezes e sempre acompanhada de um namorado. Em uma dessas ocasi�es, ela ficou sozinha com o m�dium em uma sala para a consulta espiritual. Com as luzes apagadas, Jo�o de Deus teria come�ado a tocar pr�ximo � regi�o �ntima da denunciante que, neste momento, percebeu que ele estaria com o �rg�o sexual exposto.

Aos policiais, a v�tima contou que, quando percebeu a tentativa do m�dium, tentou resistiu e interrompeu qualquer contato f�sico. Nesse momento, Jo�o de Deus teria oferecido uma pedra de valor e dois quadros religiosos para a v�tima. A reportagem apurou que, em seu depoimento � Pol�cia Civil, Jo�o de Deus disse n�o se lembrar de ter dado esta pedra, mas admitiu a oferta de "quadros". O m�dium est� preso no Complexo Penitenci�rio de Aparecida de Goi�nia (GO) desde o �ltimo domingo, 16.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)