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Estado de Minas GERAL

Nova gera��o do MPL vai �s ruas contra tarifa de �nibus


postado em 09/01/2019 20:34

O Movimento Passe Livre (MPL) volta �s ruas nesta quinta-feira, 10, contra o reajuste da tarifa de �nibus em S�o Paulo (que passou de R$4 para R$4,30). Segundo seus organizadores, o ato n�o pode ser comparado � mobiliza��o que deu origem �s jornadas de junho de 2013 e o grupo prev� postura mais r�gida por parte do governo e da pol�cia. Dos manifestantes da linha de frente dos protestos daquele ano, a maioria n�o est� mais no grupo ou agora desempenha fun��es de menos destaque.

"Vivemos um outro momento hist�rico. N�o criamos expectativas e nem projetamos o tamanho dos atos daqui por diante. O importante � que a sociedade volte a discutir a quest�o do transporte", disse o representante do grupo Diego Soares Thiago, de 29 anos, um dos que vai estar no protesto marcado para as 17 horas desta quinta, na Pra�a Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, na regi�o central paulistana.

Ao falar sobre "outro momento hist�rico", Soares aponta para um perfil supostamente mais conservador da sociedade, principalmente depois das �ltimas elei��es estaduais e presidenciais. "Tudo nos leva crer, principalmente o contexto pol�tico, que a repress�o ser� maior dessa vez", comentou Soares. "Existe uma tend�ncia de criminaliza��o dos movimentos sociais", completou a militante Gabriela Dantas, de 24 anos.

Em 2013, algumas manifesta��es do MPL terminaram em confronto com a pol�cia, depreda��es e pris�es (al�m da a��o dos chamados black blocs). O grupo n�o se considera respons�vel pelos atos de vandalismo e viol�ncia - dizendo que n�o se presta a selecionar quem participa ou n�o de seus protestos.

Al�m do aumento da tarifa, o MPL quer discutir o corte de linhas, o aumento de baldea��es, a privatiza��o dos terminais, a pol�tica de concess�es e a "militariza��o das catracas". "Militariza��o das catracas significa o aumento de vigil�ncia e controle focados nas pessoas que n�o podem pagar uma tarifa abusiva e nos ambulantes que s�o proibidos de trabalhar", afirma Gabriela. Sobre a manifesta��o desta quinta-feira, o MPL afirma que vai divulgar o trajeto apenas no pr�prio momento do ato. "A pol�cia ir� saber no mesmo momento em que os manifestantes", disse Gabriela.

Apesar de ter sido fundado em 2005 durante o F�rum Mundial em Porto Alegre, o MPL ficou mais conhecido pela atua��o em 2013 - quando esteve � frente das manifesta��es contra um reajuste que aumentava de R$ 3 para R$ 3,20 o valor da tarifa de �nibus. Na ocasi�o, o ent�o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltaram atr�s nos aumentos de �nibus, metr� e CPTM.

Embora tenha sido um dos respons�veis por evitar o aumento das tarifas em 2013, o MPL costuma tamb�m ser muito lembrado como aquele que deu in�cio �s manifesta��es que resultariam no impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Claro, essa � uma leitura refutada pelo MPL - que n�o se considera respons�vel pelo clamor antipartid�rio ou por qualquer pauta mais conservadora que tenha ganhado for�a ap�s as jornadas de junho de 2013.

Horizontal e de esquerda

Quem s�o? Embora tenha muitos militantes oriundos do ambiente estudantil (tanto secundaristas como universit�rios), o MPL se considera um movimento mais abrangente ou "de usu�rios de transporte p�blico". Apesar de apartid�rio, o MPL n�o � "contra partidos". Em sua composi��o, � poss�vel encontrar filiados do PSTU, PSOL e da juventude do PT (em menor n�mero). H� ainda muitos membros da Uni�o da Juventude Socialista (UJS), Levante Popular e outros movimentos. Eventualmente, anarquistas e punks tamb�m participam de alguns atos.

N�o existe um l�der formal. O MPL se afirma como um movimento horizontal. Ou seja, as decis�es s�o tomadas por um colegiado. Ainda assim, a din�mica do pr�prio grupo faz com que algumas figuras se destaquem (principalmente aquelas respons�veis pela comunica��o com imprensa, pol�cia e governos). Outra caracter�stica � a rotatividade dos seus membros e das fun��es que eles desempenham. Hoje, o MPL est� em sua terceira gera��o.

De acordo com os membros do MPL, o grupo � aut�nomo e autossustent�vel. Ou seja, n�o teria apoio financeiro de partidos ou institui��es. O dinheiro do grupo viria da realiza��o de eventos, venda de camisetas e outras a��es.

Segundo o grupo, o ato dessa quinta-feira ser� o primeiro de uma s�rie. Em suas redes sociais, o MPL tem desafiado o governador Jo�o Doria (PSDB) e o prefeito Bruno Covas (PSDB) a usarem transporte p�blico durante uma semana - especificamente sugerem que o governador fa�a o trajeto de um ponto final do bairro do Graja� (zona sul), baldeando na linha 9-Esmeralda da CPTM e na linha 4-Amarela do Metr� at� a Luz (�s 5h30 da manh� e �s 18h).

Procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Prefeitura informou que n�o vai se manifestar. O Pal�cio dos Bandeirantes disse que a Secretaria de Seguran�a P�blica trataria da manifesta��o do MPL. A pasta tamb�m n�o respondeu at� as 20 horas desta quarta-feira.


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