
O MP alegou que havia o risco de o m�dico voltar a agir, uma vez que continua com registro profissional ativo. Nesta quinta-feira, 17, mais sete mulheres foram � Delegacia de Defesa da Mulher e chegou a 33 o n�mero de den�ncias contra o cardiologista. Outras 20 ligaram dizendo que tamb�m foram v�timas, mas que ainda estudam se ir�o � pol�cia.
A delegada Adriana Pavarina diz que isso acontece por se tratar de crime com conota��o sexual. "� normal que algumas mulheres se sintam um pouco constrangidas a ir diretamente fazer a den�ncia." A pol�cia acreditava que os abusos tinham come�ado em 2008, mas h� relato de uma v�tima do cardiologista h� mais de 20 anos.
Os relatos s�o parecidos e indicam que o acusado agia durante as consultas. "Na hora de medir a press�o arterial ou as batidas do cora��o, ele acariciava as partes �ntimas das pacientes e at� encostava seus �rg�os genitais nelas", explicou a delegada.
O m�dico chegou a ser denunciado em 2008, mas n�o foi condenado. Em julho do ano passado, voltou a agir e acabou denunciado de novo. A pol�cia, ent�o, ouviu outras pacientes que confirmaram problemas no atendimento. Ele passou a responder por crime de viola��o sexual mediante fraude, que pode render at� 6 anos de reclus�o.
Conselho
Augusto C�sar Barretto Filho pediu no ano passado o cancelamento de seu registro no Conselho Regional de Medicina do Estado de S�o Paulo (Cremesp). Ele, por�m, tamb�m � investigado pelo �rg�o, que indeferiu a solicita��o por considerar que isso "tornaria nulas as consequentes medidas punitivas". Na delegacia as novas reclama��es s�o objeto de inqu�ritos que devem se juntar ao processo j� encaminhado ao F�rum.
Defesa
O cardiologista foi chamado � DDM no m�s passado, negou as acusa��es e disse que falaria a respeito somente em ju�zo. O advogado de defesa, Emerson Longhi, diz que n�o se manifestar� em respeito �s partes e porque o caso tramita em segredo de Justi�a.