'Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos', diz Fl�vio Bolsonaro

O deputado estadual e agora senador eleito Fl�vio Bolsonaro (PSL) homenageou dois dos 13 alvos da Opera��o Intoc�veis, deflagrada na manh� desta ter�a, 22, pela Pol�cia Civil e pelo Minist�rio P�blico do Rio contra a mil�cia de Rio das Pedras. S�o eles o ex-capit�o do Bope Adriano Magalh�es da N�brega e o major PM Ronald Paulo Alves Pereira. Eles receberam, em 2003 e 2004, na Assembleia Legislativa do Rio, por indica��o de Fl�vio, respectivamente, a Medalha Tiradentes e uma men��o honrosa, com elogios � sua atua��o como policiais.

Al�m disso, a m�e do ex-capit�o Adriano, Raimunda Veras Magalh�es, e a mulher do major Ronald, Danielle Mendon�a da Costa da N�brega, estavam lotadas no gabinete de Fl�vio Bolsonaro na Alerj at� novembro do ano passado, com sal�rios de R$ 6.450,00. Raimunda aparece no Relat�rio de Intelig�ncia Financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por ter repassado R$ 4.600,00 para a conta de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor de Fl�vio.

Em nota oficial, Fl�vio Bolsonaro afirmou em nota que "continua sendo v�tima de uma campanha difamat�ria com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro" e responsabilizou o ex-assessor Fabr�cio Queiroz pela contrata��o de uma das funcion�rias. Raimunda foi assessora de Fl�vio em 2015.

"A funcion�ria que aparece no relat�rio do Coaf foi contratada por indica��o do ex-assessor Fabr�cio Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. N�o posso ser responsabilizado por atos que desconhe�o, s� agora revelados com informa��es desse �rg�o. Tenho sido enf�tico para que tudo seja apurado e os respons�veis sejam julgados na forma da lei. Quanto ao parentesco constatado da funcion�ria, que � m�e de um foragido, j� condenado pela Justi�a, reafirmo que � mais uma ila��o irrespons�vel daqueles que pretendem me difamar. Sobre as homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de seguran�a p�blica e j� concedi centenas de outras homenagens. Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos."

Caso anterior

Esta � a segunda vez meses que policiais denunciados pelo Minist�rio P�blico acusados de liga��o com o agora senador eleito pelo PSL t�m pris�o decretada por suposto envolvimento com mil�cias. Em setembro do ano passado, o jornal O Estado de S. Paulomostrou que outros dois PMs presos haviam trabalhado na campanha dele foram para a pris�o, sob a mesma suspeita.

Na a��o desta ter�a, os denunciados s�o apontados como integrantes de uma mil�cia que atua nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema e adjac�ncias, todas na zona oeste. Os agentes tamb�m estiveram em endere�os dos denunciados e de algumas empresas relacionadas ao grupo criminoso.

Em dezembro passado, o general Richard Nunes, ent�o secret�rio estadual de Seguran�a P�blica do Rio, revelou � reportagem que milicianos ligados � grilagem de terras e que atuam na zona oeste da capital haviam ordenado a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). No crime, ocorrido em mar�o, morreu tamb�m o motorista Anderson Gomes.