Ato contra aumento de tarifas terrmina em SP; MPL marca nova data

O Movimento Passe Livre (MPL) fez nesta ter�a-feira, 22, a primeira manifesta��o em S�o Paulo depois do decreto assinado pelo governador Jo�o Doria (PSDB) que proibiu o uso de m�scaras ou de qualquer outra forma de cobrir o rosto. O protesto, contra o aumento da tarifa do transporte p�blico, teve in�cio na Pra�a da S�, no centro da capital.

Os manifestantes come�aram a marchar por volta das 18h30, quando deixaram a Pra�a da S�. A pol�cia estimava a participa��o de cerca de 500 pessoas. O ato subiu a Avenida Brigadeiro Lu�s Ant�nio com cr�ticas �s gest�es Jo�o Doria e Bruno Covas, ambos do PSDB. Alguns comerciantes baixaram suas portas, por precau��o.

Na esquina da Brigadeiro Lu�s Ant�nio com a Rua Treze de Maio, na Bela Vista, membros do MPL queimaram uma catraca como forma de protestar contra o aumento da tarifa. Foi um ato simb�lico - as chamas duraram menos de dois minutos e n�o houve confronto. A pol�cia identificou alguns mascarados e pediu para os pr�prios organizadores do protesto solicitarem a retirada das m�scaras.

Por volta das 19h30, os manifestantes chegaram � Avenida Paulista e, em um jogral, definiram a data do pr�ximo protesto: 30 de janeiro, uma quarta-feira.

Parte dos manifestantes, por�m, continuou a caminhada em dire��o ao Museu de Arte de S�o Paulo (Masp) acompanhados por agentes da Cia. de A��es Especiais (Caep), que t�m o rosto coberto at� a altura dos olhos. Em seguida, desceu pela Rua Augusta. A manifesta��o se dispersou em pequenos grupos.

Um desses grupos acessou a Rua da Consola��o e, segundo a pol�cia, houve um princ�pio de tumulto, com manifestantes chutando lixeiras. Pelo menos uma bomba de g�s lacrimog�neo foi lan�ada para dispers�-los. Outros manifestantes seguiram para a Pra�a da Rep�blica, onde, de acordo com os policiais, atiraram objetos contra os agentes. Na Rep�blica, tamb�m houve lan�amento de uma bomba de g�s. N�o h� informa��es de feridos nem de detidos.
M�scaras

Durante a concentra��o do ato, na Pra�a da S�, mediadores da Pol�cia Militar comunicaram aos coordenadores do MPL que, de acordo com o decreto assinado no �ltimo s�bado, n�o seria permitido o uso de m�scaras ou qualquer outra cobertura no rosto. Os coordenadores do MPL consideram o decreto "inconstitucional" e uma forma de "proibir qualquer manifesta��o de rua". O MPL disse que n�o reprimiria manifestantes que cobrirem o rosto.

Ainda na concentra��o, os policias recolheram ao menos uma m�scara de g�s que estava com um manifestante. A m�scara foi retida em uma das bases policiais e poder� ser retirada nesta quarta-feira, de acordo com a PM. Sobre m�scaras usadas pelos rep�rteres para acompanharem o protesto, a pol�cia informou que ser�o detidos apenas os mascarados que estiverem participando da manifesta��o. Os rep�rteres identificados poder�o us�-las em caso de alguma eventualidade.