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Estado de Minas

Mulher baleada na cabe�a escreve nome do agressor com sangue

Levada ao hospital em estado grav�ssimo, alternativa foi a forma encontrada para denunciar o companheiro � pol�cia


postado em 24/01/2019 18:31 / atualizado em 24/01/2019 18:42

(foto: Delegada Bárbara Fort - Titular da Delegacia de Carpina e o Major Fábio Batista - 2° BPM)
(foto: Delegada B�rbara Fort - Titular da Delegacia de Carpina e o Major F�bio Batista - 2� BPM)
Elaine Maria Santana, 33 anos, foi submetida nesta quinta-feira a uma cirurgia neurol�gica no Hospital da Restaura��o, onde chegou em estado grave. Ela foi v�tima de um disparo de arma de fogo na regi�o da cabe�a por parte do pr�prio companheiro, Evaldo Andrade Silva, 35, na tarde de quarta, no munic�pio de Carpina. No hospital, diante da afirmativa do marido quanto � autoria acidental dos disparos, Elaine foi capaz de responder ao questionamento da pol�cia sobre o assunto, mesmo sem conseguir falar: escreveu o nome do companheiro na maca em que estava utilizando o pr�prio sangue da cabe�a. E respondeu, com gestos, que o disparo havia sido proposital. Evaldo utilizou um rev�lver calibre 38.

A pol�cia foi acionada depois que a v�tima deu entrada na Unidade Mista de Carpina. Evaldo a socorreu, alegando, primeiramente, que ela havia sofrido uma queda. � medida que era questionado por vizinhos, funcion�rios do hospital e policiais, as vers�es foram se modificando: disparo acidental, tentativa de suic�dio por parte da companheira e luta corporal entre ambos. A Pol�cia Civil, entretanto, trabalha com outra explica��o. “Para n�s, inicialmente, come�amos as investiga��es trabalhando na hip�tese de execu��o. O tiro veio de cima para baixo, possivelmente. O orif�cio de entrada � na parte superior da cabe�a. O de sa�da, na inferior. Evaldo e Elaine possuem uma altura compat�vel, ent�o n�o teria sido um disparo acidental que teria tido estas caracter�sticas. Possivelmente, ela estava sentada ou ajoelhada”, afirmou a delegada B�rbara Fort, titular de Carpina.

Evaldo foi detido pela Pol�cia Militar ao retornar ao local do crime e tentar sair, de carro, juntamente com os dois enteados (6 e 9 anos de idade, filhos do relacionamento anterior da v�tima) e com um amigo, Davi Israel Pereira da Silva (19), que guardou a arma do crime embaixo da pr�pria cama, ap�s a agress�o. O Major F�bio Batista, que responde pelo comando do segundo batalh�o da Pol�cia Militar, conta que, ao receber as informa��es sobre o ocorrido, policiais foram � resid�ncia do casal, que dividiam mesma moradia h� cerca de tr�s anos. “Antes de chegarmos, avistamos o ve�culo gol preto que Evaldo utilizou na tentativa de fuga. Na abordagem ao ve�culo, o vimos em estado de tens�o com o Davi e as crian�as. Ele n�o tentou reagir, mas n�o soube responder para onde iria”, relatou. 

Ainda segundo a Pol�cia Civil, as crian�as, que foram levadas � presen�a do pai biol�gico, no munic�pio de Vic�ncia, n�o presenciaram os disparos, mas estavam na resid�ncia. A delegada B�rbara Fort afirma que a alega��o de Evaldo quanto � motiva��o do crime teria sido o estopim de mais uma briga ocasionadas por ci�mes excessivos da parte de Elaine. Ela destaca o car�ter do agressor. “Um homem muito frio. Assusta a forma como se portava na delegacia. Embora tentasse mostrar algum tipo de remorso, a gente n�o conseguia sentir que se tratava de algo verdadeiro”, relatou. N�o h� registros de boletins de ocorr�ncia de Elaine contra Evaldo, mas sim contra o companheiro anterior dela. Vizinhos, entretanto, revelam que percebiam a exist�ncia de um relacionamento conturbado, marcado por gritos. Eles n�o relataram presenciar casos de viol�ncia f�sica. 

Evaldo foi encaminhado para audi�ncia de cust�dia e deve seguir para a Penitenci�ria do munic�pio de Limoeiro. Ele n�o possui porte nem posse de arma, que estava ilegal em sua resid�ncia. Trabalhava fazendo “bicos” como seguran�a particular na cidade de Carpina. Davi, por sua vez, foi atuado por posse ilegal de arma de fogo. “N�o conseguimos constatar ind�cios de cumplicidade, de coautoria e tampouco como part�cipe do homic�dio. Inicialmente, achamos que ele atuou ap�s a consuma��o do crime para guardar a arma. Foi, portanto, arbitrada a fian�a, n�o paga. Davi foi levado � audi�ncia de cust�dia e ser� investigado em liberdade.


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