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Estado de Minas GERAL

'Eu fui convidado para ser ministro', diz Mozart Neves


postado em 29/01/2019 08:37

"N�o fui cogitado (para ser ministro da Educa��o). Fui convidado, mesmo. O que me deixou mais triste em todo esse processo, foi quando o pr�prio (presidente Jair) Bolsonaro disse que o convite foi fake news."

Quem revela o descontentamento � Mozart Neves Ramos. Ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-secret�rio da Educa��o daquele Estado, Mozart, que atualmente � diretor de articula��o e inova��o do Instituto Ayrton Senna, � um dos profissionais mais respeitados do setor. Ele promoveu nas escolas pernambucanas uma das mais bem-sucedidas reformas educacionais do Pa�s. Tamb�m j� liderou o projeto Todos pela Educa��o, uma iniciativa de empresas para resgatar a qualidade do ensino no Brasil.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele falou sobre o "desconvite" em novembro. Disse que continua militando na �rea e o caso, que o deixou tenso, ficou para tr�s. "A bancada evang�lica tinha um outro candidato para o MEC, que era vinculado ao ensino superior privado (e pressionou). Acho que, nesse sentido o Bolsonaro tomou a decis�o certa enquanto gestor, buscando um terceiro", afirmou Mozart. Ele ainda diagnosticou os principais desafios educacionais do Pa�s daqui para frente e n�o fugiu de pol�micas, como o Escola sem Partido.

Escola sem partido

"Na pr�tica, cada escola � muito a cara do seu diretor e de seus professores. N�o podemos deixar de reconhecer que h� escolas com posicionamento pol�tico diferente do governo. A pergunta �: isso � a larga maioria? Para mim, n�o. N�o podemos fazer de exce��es e de casos - seja de escolas ou professores - uma regra para que agora fiquemos em um amplo debate com a sociedade daquilo que n�o � maioria ou o mais importante."

Ideologia de g�nero

"O Brasil � um pa�s muito diversificado. Eu acho que devemos respeitar os ritos e valores de cada pessoa. Eu n�o posso querer que uma pessoa pense igual a mim. Eu acho que tem uma complexidade, que os livros did�ticos, por exemplo, n�o podem ter algum tipo de homofobia. Cabe � escola, de alguma maneira, contribuir para o processo de uma conviv�ncia sadia, de respeito m�tuo."

Escolas militares

"Voc� n�o vai resolver o problema de educa��o no Pa�s colocando todas as escolas p�blicas como militares. Primeiro, porque seria imposs�vel do ponto de vista de custo; segundo, do ponto de vista de gest�o; terceiro, por causa dos processos seletivos."

Paulo Freire

"Excluir Paulo Freire � simplesmente n�o ter uma vis�o sist�mica de mundo e n�o compreender que a beleza se encontra na diversidade e, principalmente, na capacidade de ter at� mesmo uma vis�o oposta para uma escolha."

Ministro da Educa��o V�lez Rodr�guez

"N�o conhecia o novo ministro (com quem se encontrou na semana passada). E milito na gest�o da educa��o desde 1990. Ningu�m conhecia."

Sobre o estado atual da educa��o

"Devemos focar em cinco grandes eixos desafiadores para avan�ar a educa��o no Pa�s, tanto do ponto de vista da qualidade como da equidade. O primeiro � o desafio da alfabetiza��o das nossas crian�as na idade certa, aos 7 anos. O segundo eixo, a forma��o dos professores, a valoriza��o da carreira do magist�rio. O terceiro � a quest�o da gest�o de recursos: somente colocar mais dinheiro sem cobrar dos gestores dados mais eficientes e mais proficientes n�o vai resolver. Depois, o Brasil precisa fazer um esfor�o para o aumento de qualidade em termos de aprendizagem, de efici�ncia - para que um n�mero maior de crian�as chegue ao fim do ensino m�dio -, e ao mesmo tempo reduzir a desigualdade. E o quinto eixo � trabalhar mais por territ�rio, e n�o por munic�pio. Trabalhar nas regi�es, principalmente naquelas mais desfavorecidas do ponto de vista s�cio econ�mico, como Norte e Nordeste."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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