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Estado de Minas GERAL

Veruska, no vel�rio de Boechat: 'Tudo o que conquistou era pensando em mim e nos filhos'

Vi�va do jornalista chegou no in�cio da manh� ao Museu da Imagem e do Som, onde h� uma fila de admiradores para homenagear o �ncora do Grupo Bandeirantes de Comunica��o


postado em 12/02/2019 07:32 / atualizado em 12/02/2019 11:06

(foto: Reprodução/Instagram/@doceveruska)
(foto: Reprodu��o/Instagram/@doceveruska)

Mesmo com o avan�ar das horas, uma fila de f�s e admiradores foi tomando forma do lado de fora do Museu da Imagem e do Som (MIS), no Jardim Europa, na zona sul de S�o Paulo, para prestar a �ltima homenagem a Ricardo Boechat. O corpo do jornalista, morto aos 66 anos, v�tima de um acidente de helic�ptero, s� chegaria �s 23h20 desta segunda-feira, 11, em um caix�o fechado.

�s 6h10 da manh� desta ter�a-feira, 12, Veruska, mulher de Ricardo Boechat, chegou ao vel�rio: "Meu marido que dizia que era ateu, era o que mais seguia o mandamento mais importante: o de amar ao pr�ximo. Era um cora��o, uma pessoa sem luxo. Tudo o que conquistou era pensando em mim e nos filhos."

Por volta da meia-noite, o vel�rio foi aberto ao p�blico. "N�o perdia um programa", comentou a diarista Marly Sud�rio, de 51 anos, f� que todos os dias o acompanhava na TV e no r�dio. Para ela, � o humor de Boechat que vai guardar na mem�ria. "Gostava da risada."

Entre os presentes, o clima era de consterna��o. Curiosos tamb�m faziam selfies e lives na entrada do MIS. O produtor de eventos e motorista de aplicativo Arnaldo de Freitas, de 34 anos, fez quest�o de cumprimentar a mulher de Boechat, Veruska Seibel Boechat, que ele s� conhecia de ouvir o jornalista falar ao microfone. "Todo dia, �s 7h30, o escutava no r�dio. E sentia como se fosse da fam�lia", disse. "Ele sentia como a popula��o. E eu gostava de como trazia para a conversa a fam�lia dele."

Com quase 50 anos de carreira jornal�stica e uma cole��o de pr�mios no curr�culo, Boechat era atualmente apresentador do Jornal da Band e �ncora da BandNews FM. "Era um grande jornalista e um amigo de inf�ncia. Era divertido, um humorista", comentou o jornalista Augusto Nunes. Os dois foram contempor�neos no jornal O Estado de S. Paulo e conviveram diretamente. "Sempre foi muito generoso, ajudou tanta gente", disse.

Presidente do Grupo Bandeirantes de Comunica��o, Jo�o Carlos Saad tamb�m compareceu ao vel�rio. "Tinha uma gra�a e um jeito de fazer jornalismo que n�o vai ter outro", disse sobre Boechat.

Ao ser perguntado sobre as li��es que o jornalista deixou, acrescentou: "Ensinou a ser duro sem perder a ironia e o humor. Quando apurar, vamos encontrar um fio condutor dessa trag�dia (e as outras recentes)".

O diretor de jornalismo da Band, Fernando Mitre disse que soube da morte durante a reuni�o de pauta da emissora. �quela altura, j� se sabia sobre a queda do helic�ptero no Rodoanel, mas a identidade das v�timas era desconhecida. Ele demorou a acreditar. "Conversava com ele todos os dias durante 12 anos. Era uma pessoa espetacular", afirmou. "Perdemos o Boechat. Ontem estava conosco. Hoje n�o est� mais."

Envolto em coroas de flores, o caix�o foi posto em cima do palco de um audit�rio do MIS. Ao passar, f�s tocavam a madeira, faziam sinal de despedida com as m�os e alguns at� tiravam foto. Veruska, com quem Boechat teve dois filhos, ficou sentada em uma cadeira nas primeiras fileiras. Mais cedo, havia comentado que o marido era o "ateu que mais praticava o bem" e disse que a ficha ainda n�o caiu. Tamb�m agradeceu o apoio e as homenagens.

Por l�, tamb�m passaram o empres�rio Ab�lio Diniz e o apresentador Ot�vio Mesquita. O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), chegou �s 23h30. "O jornalismo perde uma refer�ncia. (Ele) conduziu sem trabalho com grandeza", comentou. "Jogamos bola juntos v�rias vezes. Era uma figura fraterna, ador�vel. E tinha um sentimento de justi�a muito grande", disse.

Colega de emissora, o apresentador do programa MasterChef �rik Jacquin tinha os olhos cheios de l�grimas ao lembrar do jornalista. "Todo dia ele estava l�, de manh�, � noite. Dancei com ele o carnaval de Salvador. Tenho a impress�o de que todo mundo o amava."

Homenagem de taxistas

Um grupo de taxistas que conhecia Boechat se juntou para prestar uma homenagem ao jornalista na madrugada desta ter�a. Eles colocaram duas placas de t�xi sobre o caix�o e elogiaram o tratamento dado por Boechat aos motoristas.

"Era uma pessoa muito boa, am�vel, que conhecia nossas dificuldades", disse Mauro Sim�es, de 56 anos, que transportou Boechat algumas vezes do trabalho, no Morumbi, zona sul, para casa. No caminho, conversavam de tudo um pouco. "Fal�vamos sobre o dia a dia do Brasil", lembra.


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