O presidente da Vale, F�bio Schvartsman, disse que a demora para solucionar os problemas ocasionado pelo rompimento da barragem de Mariana, em novembro de 2015, que causou 19 mortes e um desastre ambiental, n�o pode ser usada como refer�ncia na trag�dia de Brumadinho. O rompimento da barragem do C�rrego do Feij�o, no dia 25 de janeiro, causou 110 mortes confirmadas e 238 pessoas ainda est�o desaparecidas.
"Compreendo a indigna��o em rela��o � remedia��o de Mariana, mas temos limita��es, pois a barragem era da Samarco", disse o executivo, em audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados. Ele foi questionado e criticado pelos deputados em rela��o � demora para indenizar e compensar as v�timas de Mariana, bem como sobre as a��es de recupera��o do meio ambiente e do Rio Doce.
O executivo lembrou que a Samarco � uma joint venture da Vale e da BHP Billiton e, para solucionar os problemas do acidente em Mariana, foi criada a Funda��o Renova. No caso de Brumadinho, a barragem pertence unicamente � Vale.
"A Funda��o Renova foi constru�da como solu��o para o caso de Mariana. � um modelo democr�tico e, tamb�m por isso, as respostas s�o lentas", disse. Ele destacou que, na funda��o, Vale e BHP Billiton tem o mesmo poder de voto.
"Seria melhor para a Vale que o processo de Mariana andasse com celeridade. Vamos tentar influenciar nesse processo", disse. "Se houver algo que eu possa fazer na Funda��o Renova via Vale para acelerar processos, isso ser� feito."
No caso de Brumadinho, Schvartsman frisou ser um caso "radicalmente diferente". "Se houver morosidade, a culpa � da Vale", disse. "Sei que nossa credibilidade � baixa e n�o pe�o que acreditem em mim, mas apenas que acompanhem o processo."
O executivo disse que est� comprometido e � disposi��o da C�mara de Deputados para continuar a dividir informa��es sobre a trag�dia de Brumadinho com transpar�ncia. "N�o queremos que essa seja uma trag�dia sem solu��o ao final."
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