O lixo retirado da casa de um �nico morador, no centro de Agudos, interior de S�o Paulo, j� encheu 17 caminh�es, segundo a prefeitura. A cidade convive com epidemia de dengue, com 712 casos confirmados e uma morte em investiga��o, e o local tinha tamb�m criadouros do mosquito transmissor, segundo o munic�pio. A prefeitura recorreu � Justi�a para fazer a retirada. O dono do im�vel, Jo�o Batista Mainine, alega que nem tudo era material inserv�vel e disse que contestar� judicialmente a a��o municipal.
De acordo com a prefeitura, a decis�o de recorrer � Justi�a foi tomada no ano passado, ap�s notifica��es e tentativas de acordo, sem resultado. Vizinhos reclamavam que o casar�o, em �rea de 800 m�, na rua 7 de Setembro, exalava mau cheiro e servia de abrigo para ratos e baratas, que infestavam os im�veis vizinhos. Com a epidemia de dengue, o local passou a ser apontado tamb�m como foco de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Na peti��o � 1� Vara Judicial do munic�pio, a prefeitura alegou que o material acumulado representava risco para a sa�de p�blica.
Os agentes municipais foram ao local com um mandado expedido pelo juiz Saulo Mega Soares e Silva e acompanhados por um oficial de Justi�a. Um trecho da rua foi interditado para o carregamento dos caminh�es. Ao menos nove c�modos e o quintal do im�vel estavam atulhados de material - jornais e revistas velhos, bolsas, sapatos, panfletos, roupas usadas, caixas de todo tipo, al�m de alimentos estragados. O forte odor obrigou a equipe a pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros para realizar a exaust�o de poss�veis gases acumulados. Os servidores foram obrigados a usar m�scaras.
O material est� sendo separado e a maior parte vai para o aterro sanit�rio. Nesta sexta-feira, 1�, o servi�o foi interrompido em raz�o das chuvas. No dia 13 de fevereiro, a prefeitura decretou situa��o de emerg�ncia na cidade em raz�o da epidemia de dengue. Os propriet�rios de �reas particulares t�m at� o pr�ximo dia 5 para a limpeza desses locais, sem que sejam autuados. Ap�s esse prazo, a prefeitura vai fazer a limpeza e cobrar o servi�o dos donos que, al�m disso, ser�o multados. No caso de Mainine, por se tratar de situa��o excepcional, a prefeitura n�o prev� a cobran�a do custo da limpeza. O morador disse que n�o concorda com a a��o da prefeitura e que buscar� judicialmente seus direitos.
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