Dois grandes focos de inc�ndio continuavam ativos, na manh� desta segunda-feira, 4, no Parque Nacional e Hist�rico do Monte Pascoal, unidade de conserva��o federal com sede em Porto Seguro, no sul do Estado da Bahia. Al�m de devastar a mata e causar a morte de animais e aves, o inc�ndio amea�ava as aldeias dos �ndios Patax�s instaladas na unidade, de 22,3 mil hectares. Uma equipe do Instituto Chico Mendes (ICMBio), que administra a reserva, chegou de Bras�lia e conseguiu dois tratores de esteira para tentar conter o avan�o das chamas com a abertura de aceiros.
Segundo o professor ind�gena Edimarcos Poncada Santana, o primeiro foco surgiu no dia 28 de fevereiro e se espalhou, favorecido pelo vento e pelo tempo seco na regi�o. O foco inicial, que irrompeu na regi�o do Rio Cara�va, pr�ximo da Aldeia Boca da Mata, dos patax�s, foi controlado na noite deste domingo, 3, ap�s intensa atua��o de 250 brigadistas e volunt�rios, incluindo os pr�prios ind�genas.
Outros focos, no entanto, avan�aram pela reserva, que abrange os munic�pios de Porto Seguro, onde o inc�ndio j� fez mais estragos, Itamaraju e Itabela. "Por falta de meios para o combate, o fogo fugiu do controle. N�o � poss�vel dizer com certeza, mas acredito que uns 40% do parque j� foram atingidos", disse. Al�m das brigadas do Monte Pascoal e do vizinho Parque do Descobrimento, enfrentam o fogo volunt�rios das aldeias Meio da Mata, Corumbauzinho, Barra Velha, Cassiana e Boca da Mata.
De acordo com Santana, a empresa Veracel Celulose, que mant�m programas sociais nas aldeias, enviou um caminh�o e um avi�o para dar apoio �s equipes. "O avi�o pega �gua do mar, perto de Trancoso, e lan�a sobre os focos mais altos, mas � pouco. Precisamos de mais equipamentos, combust�vel e motosserras", disse.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do ICMBio, por�m, devido ao feriado prolongado do carnaval, n�o obteve retorno. O Parque do Monte Pascoal � uma das mais importantes unidades de conserva��o integral do sul da Bahia. Na unidade, est� localizado o Monte Pascoal, primeira por��o de terra brasileira avistada pela expedi��o de Pedro �lvares Cabral, em 1.500. A reserva abriga cerca de seis mil ind�genas da etnia patax�.
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