(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Policial que amea�ou foli� � afastado; 'absurdo e grotesco', diz ouvidor


postado em 08/03/2019 14:48

O policial militar que amea�ou uma foli� atingida por um disparo de bala de borracha na dispers�o de um bloco de carnaval na Barra Funda nesta semana foi afastado do trabalho operacional pela corpora��o. A reportagem do Estado revelou na quarta-feira, 6, que o agente, que n�o foi identificado, disse que n�o tinha "cerim�nia para quebrar cara de mulher". A v�tima havia ido ao batalh�o denunciar o excesso na atua��o da PM. Para o ouvidor das pol�cias, Benedito Mariano, a fala do agente � "absurda e grotesca" e os policiais agiram com excesso contra o grupo.

A Secretaria da Seguran�a P�blica informou nesta sexta-feira, 8, que foi instaurado um inqu�rito policial militar pelo 4.� Batalh�o "para apurar a ocorr�ncia" e vai investigar a conduta do policial mencionado. A pasta disse que a Corregedoria acompanha a investiga��o e que n�o compactua com "eventuais desvios de conduta de seus agentes". O ouvidor quer que a investiga��o seja conduzida pela pr�pria corregedoria e n�o pelo batalh�o onde o agente � lotado.

Para Mariano, toda a a��o na Barra Funda foi excessiva. A PM disse que atuou para dispersar foli�es ap�s obstru��o da via. "Usaram equipamentos como bombas e bala de borracha de forma desnecess�ria, pois a via n�o estava obstru�da", disse o ouvidor, que dever� ouvir as v�timas nesta tarde para encaminhar of�cio pedindo apura��o pela corregedoria.

Uma das pessoas feridas foi a atriz Tha�s Campos, atingida na altura da costela. No 4.� Batalh�o, ao pedir explica��es, foi amea�ada por um policial. "Aponta o dedinho n�o, se aproxima n�o. Voc� vai tomar um atropelo aqui, estou falando para voc�, toma dist�ncia. N�o tenho nenhuma cerim�nia em quebrar cara de mulher, n�o, voc� presta aten��o."

"� uma fala absurda, grotesca e que n�o se coaduna com a filosofia da Pol�cia Militar, que apregoa o lema de proteger e servir. N�o vimos esse conceito sendo seguido nesse caso", acrescentou o ouvidor. Mariano disse que tamb�m ser� apurada eventual omiss�o e prevarica��o de agentes do 91.� DP (Ceasa), que n�o registraram a reclama��o de Tha�s e a orientaram a fazer queixa na Corregedoria. "A pol�cia judici�ria tem que registrar a den�ncia. H� a� uma omiss�o."

Bloco diz que acordo com Prefeitura e PM foi seguido

De acordo com a artista Paula Klein, de 42 anos, diretora do Bloco Agora Vai, o grupo seguiu todas as orienta��es previstas para dispers�o e n�o havia motivo para atua��o violenta da Pol�cia Militar. Junto � Prefeitura, o bloco registrou que esperava at� cinco mil pessoas para, das 15h at� as 20h, seguir um curto trajeto por ruas da Barra Funda. Paula diz que por causa da chuva, o bloco foi encerrado mais cedo, �s 19h, e �s 22h todas as vias da regi�o estavam liberadas para tr�fego de carros.

"A Pol�cia Militar sempre foi grande parceira do nosso bloco. O relacionamento � �timo h� 15 anos e esse ano n�o foi diferente. Por isso que a a��o nos surpreendeu. Mandaram um pessoal despreparado para lidar com o p�blico de carnaval. Trataram foli�es como marginais. O carnaval foi manchado pela pol�cia", disse.

Segundo ela, a pol�cia chegou ao local �s 20h para conversar. Nesse hor�rio, o som do bloco j� estava desligado, segundo relatou. "J� estava acontecendo a dispers�o natural. N�o precisava atuar de modo truculento, est�vamos dentro do hor�rio. Fomos conversando com os nossos foli�es e hav�amos liberado a via (Rua Jo�o de Barros)", disse. Depois, segundo ela, por volta das 22h30, a tropa voltou, dessa vez com bombas e tiros de borracha.

Governador defendeu a��o da pol�cia

De acordo com o G1, o governador Jo�o Doria (PSDB) disse que a pol�cia agiu de forma correta na Barra Funda. O �nico erro, disse Doria, teria sido a forma como atuou o policial que amea�ou uma das v�timas. "O que n�s condenamos � o que esse grupo fez e as amea�as que promoveu. A pol�cia agiu de forma correta, pronta resposta. De forma correta e preventiva, sem viol�ncia, usando os instrumentos que o protocolo estabelece. O que errou foi na amea�a feita depois no posto policial, isso sim foi objeto de uma orienta��o minha e do secret�rio da Seguran�a P�blica do Estado de S�o Paulo General Campos no sentido de uma a��o disciplinar que j� foi feita pelo Coronel Salles, chefe do Comando Policiamento Militar do Estado", disse.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)