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Estado de Minas GERAL

Massacre de Suzano divide opini�o de senadores sobre posse e porte de arma


postado em 13/03/2019 21:45

O massacre em uma escola de Suzano, na Grande S�o Paulo, nesta quarta-feira, 13, dividiu a opini�o de senadores a respeito da pol�tica de flexibiliza��o da posse e do porte de armas. O ataque deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos.

Em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que altera regras para facilitar a posse de armas de fogo - a possibilidade de o cidad�o guardar o equipamento na resid�ncia ou no estabelecimento comercial de que seja dono. � a primeira medida do presidente em rela��o ao compromisso de campanha de armar a popula��o, mas ele ainda tentar� futuramente flexibilizar o pr�prio porte de armas.

Pelo Twitter, senador Fl�vio Bolsonaro, um dos filhos do presidente, expressou seus sentimentos aos familiares das v�timas assassinadas e afirmou que o ataque � "mais uma trag�dia protagonizada por menor de idade e que atesta o fracasso do malfadado estatuto do desarmamento, ainda em vigor".

O senador Marcos do Val (PPS-ES) disse ao Broadcast Pol�tico que, se um seguran�a da escola estivesse armado ou se uma pessoa que estivesse passando pela escola ou na escola estivesse armada, o massacre n�o teria acontecido.

"Se fosse uma escola com seguran�a armado voc� acha que isso aconteceria? Muito pouco prov�vel. Se tivesse um cidad�o honesto armados n�o teria tantas mortes. O brasileiro ainda v� a arma como usada de forma de tirar vida. Vejo como forma de proteger a vida", disse.

Na avalia��o do senador, � imposs�vel desarmar criminosos. "Isso � uma utopia, n�o existe em lugar nenhum do mundo. A sociedade precisa agora entender que ter o cidad�o de bem armado � uma for�a aliada da pol�cia. A gente n�o tem bombeiro em todas as esquinas e apartamentos. Mas temos extintores. O cidad�o � a primeira resposta at� a chegada."

No Twitter, o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), escreveu que � preciso que as autoridades reflitam sobre se a solu��o de facilitar o acesso a armas "� sensato e oportuno". Para ele, n�o �. "A cultura belicista estimula atos violentos e n�o � solu��o para nosso grave problema de seguran�a p�blica. Devemos sim, cultivar e trabalhar por uma cultura de paz."

O senador Humberto Costa (PT-PE) escreveu nas redes sociais que a facilita��o de acesso a armas gera mais trag�dias. "Armar a sociedade n�o vai nos trazer paz. Somente mais viol�ncia. E quem, al�m de tudo, estimula o uso de armas por crian�as e adolescentes comete um ato criminoso contra a inf�ncia e a juventude, contra a sociedade."

Na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania (CCJ) do Senado na manh� desta quarta-feira, o senador Major Olimpio (PSL-SP) disse que, se algum funcion�rio da escola portasse arma de fogo, a trag�dia que aconteceu nesta manh� em uma escola de Suzano, na Grande S�o Paulo, seria minimizada.

"Se tivesse um cidad�o com uma arma regular dentro da escola, professor, servente, policial aposentado trabalhando l�, ele poderia ter minimizado o tamanho da trag�dia", discursou. O senador atacou fortemente o Estatuto do Desarmamento e os cr�ticos do decreto assinado por Bolsonaro. Para ele, apesar do decreto presidencial, a legisla��o continua muito restritiva e peca por omiss�o.

"Vamos, sem hipocrisia, chorar os mortos, vamos discutir a legisla��o: onde n�s estamos sendo omissos?", disse o senador, que argumentou pelo direito do cidad�o comum ter maior acesso a armas dizendo que "a popula��o botou Bolsonaro como presidente da Rep�blica para ser um impulsionador de garantias para o cidad�o, para que n�o tenhamos trag�dias desta natureza".

Na mesma sess�o da CCJ, o senador Mecias de Jesus (PRB-RR) disse que o Estatuto do Desarmamento "desarmou o cidad�o de bem" e "tirou a arma do pai de fam�lia".

"Quando o bandido chega na casa de algu�m para fazer um assalto, para entrar na casa alheia, entra com 100% de certeza de que o dono da casa n�o tem uma arma para se defender. E a� fica muito mais f�cil para as fam�lias virarem alvo dos bandidos, que usam arma. O Estatuto do desarmamento n�o desarmou em nenhum momento os meliantes no Brasil."

O ex-policial militar e senador Styvenson Valentim (Pode-RN) considera question�vel a presen�a de pessoas armadas em ambiente escolar. "Dizer que seria uma forma de evitar ou combater eu n�o posso afirmar. N�o posso garantir, como PM h� 16 anos, que um confronto armado poderia ser ben�fico ou prejudicial aos alunos. Seria um ambiente de escola com troca de tiros. Se esses assassinos tivessem certeza de que algo impedisse o que fossem fazer, que inibisse, eles fariam isso?", indagou.

Para o senador Alessandro Vieira (PPS-SE), armar pessoas dentro das escolas � uma "opini�o que n�o tem p� nem cabe�a". Ele acha que o problema � "muito mais profundo". O senador tamb�m repudia a atitude de colegas que usaram o massacre para fazer campanha contra ou a favor do decreto do presidente Jair Bolsonaro.

Pela manh�, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que recebeu com "perplexidade" a not�cia do massacre e se solidarizou com as fam�lias das v�timas. Ele disse ainda que as pessoas est�o inseguras e que o Estado "n�o est� tendo condi��es de dar tranquilidade" para elas.

"A quest�o do porte, das penas que s�o impostas pela legisla��o, essa reformula��o e moderniza��o dessa legisla��o, ser�o debatidas em conjunto. A gente n�o pode tratar um fato isolado em rela��o a mat�rias que est�o tramitando. Ent�o vamos juntar as mat�rias e o plen�rio, o Senado e as comiss�es v�o definir e deliberar sobre elas", disse Alcolumbre.


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