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Estado de Minas GERAL

Negras, mulheres e pol�ticas s�o as herdeiras de Marielle Franco


postado em 14/03/2019 11:10

Nos dias seguintes ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 14 de mar�o do ano passado, duas hashtags, impulsionadas pela como��o gerada pelo crime, rapidamente viralizaram nas redes sociais: #MarielleSemente e #MarielleMultiplica. Ningu�m sabe dizer exatamente quem criou os slogans, mas um ano depois do crime, completados nesta quinta-feira, 14, o nome de Marielle virou s�mbolo da luta contra as desigualdades e fez herdeiras diretas.

Tr�s assessoras que trabalhavam em seu gabinete se elegeram deputadas estaduais em outubro: Renata Souza, M�nica Francisco e Dani Monteiro. Outra companheira de partido e amiga pessoal, Tal�ria Petrone, foi eleita deputada federal. A vi�va de Marielle, a arquiteta M�nica Ben�cio, abra�ou a pol�tica e assumiu um cargo de assessora parlamentar em Bras�lia.

"Com a execu��o da Mari, o chamado para a linha de frente foi imediato", afirmou Renata Souza, de 36 anos. Ela era chefe de gabinete de Marielle, com quem trabalhava havia mais de 12 anos. Foi eleita a deputada estadual mais votada pelo PSOL, com 63.937 votos.

Como Marielle, Renata foi criada no Complexo da Mar�, na zona norte. Agora, acaba de se tornar a primeira negra a assumir a coordena��o da Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio. "Sem d�vida, ela (Marielle) � a nossa refer�ncia m�xima, um s�mbolo mundial da luta contra desigualdades, que nos imp�e um desafio e uma responsabilidade muito grandes no trabalho pela redu��o dos feminic�dios, na amplia��o dos direitos humanos", disse a deputada.

Eleita com 40.631 votos, M�nica Francisco, de 48 anos, tamb�m trabalhava como assessora da vereadora. "A pr�pria Marielle era tamb�m invis�vel, de certa forma", analisa a parlamentar, negra, l�der evang�lica, oriunda da comunidade do Borel, na zona norte. "A execu��o, de certa forma, a colocou nos holofotes, ajudou a romper esse silenciamento hist�rico contra o qual ela mesma lutava, ampliando a sua voz."

Com apenas 27 anos, Dani Monteiro � a mais nova das tr�s assessoras a ser eleita deputada estadual. Como as companheiras de partido, tamb�m � oriunda de uma comunidade, no caso o Complexo de S�o Carlos, no Est�cio, Centro. "Acho que, literalmente, o tiro saiu pela culatra", diz.

De vereadora em Niter�i a deputada federal, a trajet�ria pol�tica de Tal�ria Petrone, de 33 anos, tamb�m foi acelerada pela execu��o da amiga. Seu plano original era terminar o mandato de vereadora.

"Foi uma execu��o pol�tica, rea��o de setores do Estado que viram na Marielle, uma negra, favelada, socialista, uma amea�a ao poder constitu�do", resumiu Petrone. "Mas o efeito foi o contr�rio. Tivemos o maior levante de mulheres negras ocupando parlamentos. Essas lutas n�o mais ser�o silenciadas."

Vi�va

A vi�va de Marielle, de 32 anos, � ativista de direitos humanos h� mais de 15 anos. Diferentemente da companheira, sempre fugiu da linha de frente. Depois do crime, no entanto, ocupou um espa�o de maior visibilidade. Hoje, trabalha como assessora parlamentar da lideran�a do PSOL, na C�mara dos Deputados, em Bras�lia.

N�o foi nada planejado, conta M�nica, mas uma forma de superar a morte da companheira, de transformar "o luto em luta". "Quando me dei conta, j� estava nesse lugar de figura p�blica", diz a ativista. "Foi uma forma que achei de continuar com ela, com sua mem�ria, com seu legado; de fugir do luto e estar em luta." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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