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Estado de Minas GERAL

PF tem tecnologia para identificar usu�rios da 'dark web'


postado em 16/03/2019 10:42

A Pol�cia Federal desenvolveu nos �ltimos anos uma metodologia de investiga��o para identificar os usu�rios da dark web, parte da internet cujo acesso � poss�vel apenas com tecnologia que esconde a identifica��o do usu�rio. A utiliza��o da dark web pelo dois atiradores para planejar o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande S�o Paulo, que terminou com dez mortos e 11 feridos, na quarta-feira, 13, � uma das linhas de investiga��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo.

O n�cleo de investiga��es cibern�ticas do MP paulista vai apurar se Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e o adolescente G.T.M., de 17 anos, respons�veis pelo ataque, mantiveram contatos em f�runs da dark web com pessoas que contribu�ram no planejamento do crime ou no fornecimento das armas. A a��o dos dois foi comemorada em um f�rum localizado nessa parte da internet, que conta com um sistema de acesso espec�fico que busca dificultar a identifica��o e os rastros dos seus usu�rios por meio de ferramentas como criptografia e embaralhamento de IPs, esp�cie de "CEP" do usu�rio na rede.

O jornal O Estado de S. Paulo falou com investigadores e peritos com experi�ncia nesse tipo de investiga��o que confirmaram se tratar de um tipo de apura��o muito complexa. Segundo eles, n�o h� anonimato na rede e � poss�vel encontrar e identificar os criminosos que se escondem na dark web.

A principal dificuldade nesses casos, segundo relato de peritos criminais ao Estad�o, � mapear a "infraestrutura" envolvida na hospedagem e armazenamento dos dados. Como o IP, respons�vel por identificar quem � o usu�rio da rede, fica sobreposto por v�rias camadas de "protocolos", � necess�rio um trabalho exaustivo para identificar os servidores em que as informa��es se encontram. Ap�s o mapeamento, � necess�rio conseguir autoriza��o para acion�-los. De posse da autoriza��o judicial, come�a, diz um investigador, a apura��o tradicional.

Com a ajuda de ferramentas desenvolvidas pela pr�pria PF, como o Iped, esses dados, normalmente em grandes quantidades, s�o espelhados e se d� in�cio ao trabalho de an�lise.

Hist�rico

Em 2014, pela primeira vez na Am�rica Latina, a PF conseguiu mapear usu�rios da dark web que se valiam do anonimato para disseminar pornografia infantil. A opera��o batizada de Darknet resultou na pris�o de 55 pessoas em 18 estados e no Distrito Federal. Al�m disso, os investigadores brasileiros conseguiram avisar outros cinco pa�ses - Portugal, It�lia, Col�mbia, M�xico e Venezuela - sobre o envolvimento de seus cidad�os no esquema.

"Apesar da triste realidade de encontrarmos tantos abusadores, tamb�m � uma conquista para a sociedade a possibilidade de podermos investigar esses crimes", disse � �poca a delegada Diana Calazans Mann. "Poucas pol�cias no mundo obtiveram �xito em investiga��es na dark web, como o FBI, a Scotland Yard e a Pol�cia Federal Australiana", disse a PF em nota divulgada em novembro de 2016, ap�s a segunda fase da opera��o.


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