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Estado de Minas GERAL

Suzano: filho de coordenadora morta pede que alunos 'continuem no caminho do bem'


postado em 20/03/2019 08:55

O engenheiro Vinicius Umezu foi � Escola Estadual Professor Raul Brasil na manh� de ter�a-feira, 19, para dar apoio aos estudantes que participaram do primeiro dia de atividades abertas de acolhimento na institui��o - alvo de ataques de dois atiradores na semana passada. Ele � um dos filhos da coordenadora escolar Marilena Umezu, de 59 anos, uma das oito v�timas fatais do massacre ocorrido em Suzano, cidade da Grande S�o Paulo.

"A nossa inten��o foi dar um apoio, porque n�s sentimos muito d� das crian�as que estavam l�. Inclusive no vel�rio da minha m�e, eu conversei com v�rias crian�as tentando dar o maior apoio poss�vel para que elas n�o desistam. Ent�o eu acho que mostrando a nossa imagem, mostrando que n�s, que perdemos a nossa m�es, estamos l� junto com eles, poderia dar uma for�a maior. A nossa maior esperan�a - e com certeza era da minha m�e tamb�m - � que as crian�as continuem no caminho do bem.", disse.

Umezu e demais familiares devem participar da missa de s�timo dia da coordenadora na noite desta quarta-feira, 20. "O feedback est� sendo totalmente positivo. Cada pessoa que a gente ganha um abra�o faz um elogio diferente, conta de como era a minha m�e. At� o momento, a quantidade de manifesta��es de apoio, de toda parte, sempre elogiando, falando que a minha m�e era uma pessoa diferente. Ent�o a minha fam�lia fica muito com esse tipo de apoio. � um momento dif�cil, n�s sabemos que �. Foi uma trag�dia, foi, mas a fam�lia - acho que at� pela prepara��o que a minha m�e deu para n�s - � forte para seguir lutando, n�o desistir. Porque eu acho que ela n�o ficaria feliz se, nesse momento, n�s desist�ssimos de tudo."

O engenheiro conta que a Raul Brasil foi a primeira escola em que Marilena trabalhou ap�s ter se formado em Filosofia h� menos de 10 anos. "Ela tinha s� at� a quinta s�rie. Em 2005, ela resolveu fazer supletivo. A� ela fez o ensino fundamental, o ensino m�dio e entrou na faculdade em 2007 e se formou no final de 2009, a� que come�ou a trabalhar, com quase 50 anos. Foi um evento para n�s", conta.

"O sonho dela era estudar. Eu acho que essa situa��o de virar professora e chegar na coordena��o - e agora ela estava fazendo outra faculdade, de Pedagogia - foi uma consequ�ncia. Mas o sonho dela era de terminar os estudos. S� que para isso, antes de pensar nela, ela pensou nos tr�s filhos. E ela conseguiu, ela venceu."

Sobre o rapaz que teria participado do planejamento dos ataques, Umezu diz que espera que ele responda criminalmente. "N�o deve ser tratado como crian�a. Acho que, com essa idade, j� sabe muito bem o que est� fazendo", disse. "Em nenhum momento at� agora a gente teve raiva das pessoas que fizeram, raiva das fam�lias dessas pessoas. Mas o que eu particularmente penso � que crian�a ele n�o �. Ent�o, a acho que deveriam olhar de uma maneira diferente."


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