Concess�o do Parque Ch�cara do Jockey n�o atrai interessados em SP

Nenhuma empresa fez uma oferta pela concess�o do Parque Ch�cara do Jockey, na Vila S�nia, bairro nobre da zona sudoeste da cidade de S�o Paulo. O evento para recebimento dos envelopes de propostas ocorreu na manh� desta ter�a-feira, 26. O contrato seria assinado somente ap�s a an�lise da proposta e a elabora��o de um Plano Diretor - previsto em acordo assinado na semana passada e que determinar� as interven��es e atividades poss�veis no local.

A concess�o pretendia repassar, por 35 anos, a gest�o, a manuten��o e a opera��o do parque - inaugurado em 2016. O valor m�nimo estabelecido pela gest�o Bruno Covas (PSDB) era de R$ 1,1 milh�o.

No edital, a Prefeitura de S�o Paulo prev� que a concession�ria construa um estacionamento com 140 vagas. Tamb�m permite a cobran�a para realiza��o de filmagens e fotografias profissionais, loca��o de bicicletas e aluguel de vesti�rios, entre outros.

A receita da concession�ria viria tamb�m do aluguel de parte da �rea constru�da do parque - 7 mil m� dos 493,5 mil m�. O edital foi, contudo, criticado por moradores da regi�o e pelo Movimento Parque Ch�cara do J�quei, especialmente pela aus�ncia de plano diretor e por permitir atividades musicais.

Na consulta p�blica do edital, a Prefeitura justifica a proposta a um "significativo aumento no n�mero de parques municipais", que subiram de 38, em 2008, para 106. O texto diz que n�o foram cumpridos "elementos previstos inicialmente no projeto original" por "restri��es or�ament�rias", tais como reforma das baias, implementa��o de um playground e constru��o da horta comunit�ria, entre outros.

No dia 11 foi realizada a abertura dos envelopes da concess�o do Ibirapuera e de outros cinco parques. A vencedora foi a empreiteira Construcap, com oferta de R$ 70 milh�es.

Hist�ria

O parque foi inaugurado em 2016 em �rea desapropriada do Jockey Club de S�o Paulo, como pagamento de uma d�vida de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). As edifica��es da �poca foram mantidas e parte teve o tombamento municipal aprovado em outubro pelo Conselho Municipal de Preserva��o do Patrim�nio Hist�rico, Cultural e Ambiental (Conpresp).

Segundo a Prefeitura, somente tr�s dos 20 conjuntos de baias do parque foram restaurados. Os demais enfrentam problemas de conserva��o, como falta de telhado e portas, picha��es e mato alto.