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Estado de Minas GERAL

Bancos fecham ap�s explos�es e moradores vivem rotina de viagens no interior


postado em 26/03/2019 21:13

Moradores de tr�s cidades paulistas vivem a rotina de viajar a outros munic�pios em busca de servi�os banc�rios, ap�s ag�ncias serem destru�das por ataques de quadrilhas com explosivos. A situa��o, que afeta S�o Bento do Sapuca� e Boa Esperan�a do Sul, � mais grave em Sarutai�, no sudoeste paulista.

Alegando falta de seguran�a ap�s um ataque, o Banco do Brasil fechou em 2017 aquela que era a �nica ag�ncia da cidade de 3,6 mil habitantes. A prefeitura foi � Justi�a para pedir a reabertura, obteve decis�o favor�vel, mas o banco entrou com um recurso.

De acordo com o assessor de comunica��o Cristiano Amorim, moradores da zona rural e pessoas mais idosas de Sarutai� n�o conseguem resolver o que precisam pelo celular ou no banco postal dos Correios.

"A op��o que sobra � viajar para cidades vizinhas, como Fartura e Piraj�, mas � quase um dia que se perde", ele conta. Segundo ele, at� o com�rcio foi afetado. "As pessoas sacam o dinheiro nas ag�ncias de outra cidade e fazem as compras l� mesmo, prejudicando o com�rcio daqui."

A ag�ncia foi atacada com explosivos em outubro de 2014 e n�o reabriu. Cansado de esperar, o dono colocou o im�vel � venda.

Em 2017, quando o banco anunciou o fechamento da ag�ncia, o prefeito Isnar Freschi Soares (PTB) entrou na Justi�a com a��o para que o servi�o fosse mantido. Freschi alegou que a ag�ncia funcionava havia 40 anos e era essencial para o munic�pio. Em junho de 2018, o juiz Acau� Muller Tirapani, de Piraju, deu prazo de 60 dias para a reabertura, sob pena de multa di�ria. O BB recorreu e obteve efeito suspensivo da decis�o. O julgamento do recurso n�o tem data prevista.

Em S�o Bento do Sapuca�, ag�ncias do Santander, Bradesco e BB foram atacadas no dia 11 de fevereiro �ltimo. As duas primeiras reabriram, mas a do BB continua fechada. Os usu�rios, entre os 10,8 mil moradores, t�m � disposi��o um posto banc�rio no interior do F�rum, mas com funcionamento limitado.

"� um transtorno, pois s� funciona ap�s a abertura do F�rum para o p�blico, �s 12h30. Semana passada, precisei de dinheiro e cheguei �s 11, mas tive de esperar uma hora e meia. Pior que havia uma fila imensa em frente ao F�rum, debaixo de sol. O posto s� atendia uma pessoa por vez", conta o chefe de gabinete da prefeitura, Hermes Nery.

Segundo ele, o prefeito j� se reuniu com o gerente do banco p�blico e ofereceu um espa�o para a ag�ncia, como havia feito para os outros bancos, mas n�o houve decis�o. Ele lembra que, em setembro de 2017, as ag�ncias do Banco do Brasil e do Santander j� haviam sido atacadas com explosivos. "A gente entende que o banco se sente inseguro, pois h� uma sensa��o de impot�ncia total frente a essas quadrilhas, mas � um servi�o necess�rio. Estamos instalando c�meras nas ruas, em conv�nio com a Secretaria da Seguran�a P�blica do Estado."

No �ltimo s�bado, 23, uma quadrilha fortemente armada atacou as ag�ncias do Bradesco, Santander e Caixa Econ�mica Federal em Boa Esperan�a do Sul, de 14,5 mil habitantes, tamb�m no interior. Os pr�dios ficaram destru�dos e os bancos n�o abriram na segunda-feira, 25.

No ano passado, o Bradesco e o Santander j� haviam sido atacados. Nesta ter�a, 26, os bancos privados voltaram a funcionar, mas faltavam caixas eletr�nicos. A Caixa informou que os clientes contam com atendimento numa lot�rica e no correspondente Caixa Aqui, al�m dos meios digitais.

Oneroso

O Banco do Brasil informou que os fornecedores foram acionados para que a recomposi��o da ag�ncia de S�o Bento do Sapuca� ocorra no menor prazo poss�vel. "Vale ressaltar que a recomposi��o estrutural de ag�ncias danificadas, com a seguran�a necess�ria ao seu funcionamento, � um processo oneroso e sujeito � legisla��o espec�fica voltada para empresas estatais. A previs�o � de que a unidade esteja funcionando normalmente em junho deste ano", disse em nota.

"J� o atendimento de Sarutai� permanece fechado e n�o h� previs�o de abertura, em raz�o de decis�o judicial favor�vel ao banco nesse processo", completou. Ainda segundo o BB, no sentido de oferecer atendimento complementar, os clientes contam com correspondentes banc�rios, al�m das solu��es digitais de atendimento remoto. Em dois anos, foram registrados 202 ataques com explosivos a bancos no Estado de S�o Paulo. Foram 100 ataques em 2017 e 102 em 2018, segundo dados da Secretaria da Seguran�a do Estado. Os alvos foram caixas eletr�nicos ou os cofres das ag�ncias, mas, na maioria dos casos, os pr�dios ficam destru�dos.


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