Cremesp abre sindic�ncia contra cirurgi�o do CE

O Conselho Regional de Medicina do Estado de S�o Paulo (Cremesp) instaurou sindic�ncia contra o m�dico Danilo Rocha Dias pela morte de uma paciente durante uma cirurgia pl�stica realizada no dia 9, em um hospital do Ipiranga, na zona sul de S�o Paulo. O procedimento foi aberto ap�s o jornal O Estado de S. Paulo revelar ontem que o cirurgi�o que atuou na cirurgia da v�tima j� era investigado por pelo menos outros quatro supostos erros m�dicos no Cear�. Em um deles, a paciente tamb�m morreu.

Tamb�m ontem, ap�s a divulga��o da reportagem, o corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM), Jos� Fernando Maia Vinagre, declarou que vai pedir esclarecimentos ao Conselho de Medicina do Cear� (CRM-CE) sobre os procedimentos adotados diante das den�ncias feitas contra Dias.

Vinagre diz que a corregedoria teve conhecimento apenas de um processo �tico-profissional contra o cirurgi�o. Mas, segundo v�timas ouvidas pelo jornal, pelo menos duas den�ncias foram feitas ao conselho - a primeira em 2016 e a segunda, no ano passado.

"Em julho de 2018, encaminhamos um of�cio ao CRM-CE, dentro do processo da Camilla (Uckers, uma das pacientes que ficaram com sequela), listando outros quatro casos de pacientes prejudicadas pelo doutor Danilo, inclusive o caso da Lia Pacheco, que morreu, e pedimos a cassa��o do registro profissional dele, mas nada foi feito", relata Antonio Werner Feitosa, advogado que representa tr�s das pacientes.

Ao tomar conhecimento pela reportagem do of�cio, o corregedor do CFM afirmou que vai cobrar explica��es. "Vou solicitar ao conselho do Cear� ou ao pr�prio corregedor que informe o que realmente aconteceu (a partir dessas den�ncias)", declarou.

O Estado de S. Paulo pede, desde anteontem, esclarecimentos para o CRM-CE, sem sucesso. Procurado por e-mail e telefone, o assessor de imprensa do �rg�o n�o deu retorno.

A reportagem tamb�m tentou contato novamente com o cirurgi�o Danilo Rocha Dias, mas ele n�o respondeu ao pedido de entrevista. Anteontem, afirmou que seguiu todas as regras de seguran�a nas cirurgias e negou que tenha agido com imper�cia ou imprud�ncia. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.