'Minha filha foi v�tima' diz pai de acusada da morte do jogador Daniel

O segundo dia de audi�ncias de testemunhas de defesa no julgamento da morte do jogador Daniel foi marcado por um pedido de desculpas feito pelo pai da r� Cristiana Brittes, Pedro Rodrigues, � fam�lia do ex-jogador. Cristiana � acusada, com outras seis pessoas, de ter participado do homic�dio de Daniel.

Rodrigues foi ouvido como testemunha na manh� desta ter�a-feira, 2, pela ju�za Luciane Regina de Paula. Segundo uma pessoa que acompanhava a audi�ncia, o sogro de Edison Brittes - que confessou o crime - pediu perd�o � m�e de Daniel pela morte do atleta. Em seguida, defendeu a filha, que considera v�tima no epis�dio.

"Minha filha foi v�tima", afirmou, ao lembrar que Daniel chegou a fazer fotos deitado com Cristiana - que dormia - antes de ser morto.

No final da audi�ncia, o assistente de acusa��o e advogado da fam�lia de Daniel, Nilton Ribeiro, reclamou do excesso de risos e gestos da fam�lia Brittes durante as audi�ncias. "Os r�us riem e agem como se estivessem numa festa, s� falta a bebida", comentou.

No final do dia, a defesa da fam�lia emitiu nota contestando a cr�tica. "A informa��o de que os r�us se comportavam de maneira incompat�vel com um rito de audi�ncia � falsa e foi recha�ada pelo Judici�rio, respons�vel pelo processo", disse a fam�lia Brittes, em nota.

Oito testemunhas foram ouvidas nesta ter�a. As audi�ncias ir�o prosseguir na manh� at� a sexta, 5. At� l�, um total de 77 testemunhas j� ter�o prestado depoimento. Ap�s as audi�ncias, a ju�za decidir� se os denunciados ser�o levados ou n�o a j�ri popular.

S�o r�us na a��o: Edison Brittes, 38 anos, Ygor King, 19, David Willians Vollero Silva, 18 e Eduardo Henrique da Silva, 19 anos e Cristiana Brittes, 35, Allana Brittes, 18, Evelyn Perussi, �nica que n�o foi detida.

Caso

Em 27 outubro de 2018, Daniel foi encontrado morto em uma estrada rural na Col�nia Mergulh�o, em S�o Jos� dos Pinhais, com o p�nis decepado e praticamente decapitado, ap�s participar da festa de anivers�rio de 18 anos de Allana Brittes, na casa noturna Shed, em Curitiba. Em seguida ele foi at� a casa da aniversariante e foi flagrado por Edison na mesma cama que Cristiana Brittes, sua esposa, que dormia.

Edison o acusou de tentar estuprar a esposa e passou a agredi-lo com a ajuda de outros convidados. Daniel havia feito fotos ao lado da mulher e enviado para amigos em grupo de WhatsApp. Depois de ser duramente espancado, ele foi levado para a estrada rural, onde foi assassinado.