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Estado de Minas

Jovem encontrada morta no lago e suspeito se conheciam, diz fam�lia

Parentes e amigos de Nat�lia afirmam que ela havia se relacionado com o rapaz. Contrariando depoimento dele, c�meras o filmaram com a jovem no Parano�


postado em 03/04/2019 08:23 / atualizado em 03/04/2019 08:34

Edivânia Ribeiro dos Santos, 47 anos, mãe de Natália, quer justiça(foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
Ediv�nia Ribeiro dos Santos, 47 anos, m�e de Nat�lia, quer justi�a (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)

A v�tima sabia nadar e conhecia o jovem que a viu viva pela �ltima vez, no fim da tarde de domingo. As informa��es de parentes de Nat�lia Ribeiro dos Santos Costacontradizem o depoimento do rapaz que � tratado como suspeito pela pol�cia. Ele afirmou ter conhecido a menina de 19 anos no clube onde amigos se reuniram para um churrasco, �s margens do Lago Parano�. O morador da Asa Norte tamb�m garantiu ter ido com a garota s� at� um parquinho infantil. No entanto, c�meras de vigil�ncia filmaram ambos na �gua, onde ela foi encontrada morta na manh� de segunda-feira.

Familiares e amigos da v�tima que acompanharam a retirada de Nat�lia do lago afirmaram que ela tinha marcas pelo corpo, como arranh�es e hematomas. A Pol�cia Civil n�o confirmou a informa��o. O suspeito tinha um ferimento no bra�o e passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), na segunda-feira. Ele alegou que a marca foi feita por Nat�lia, com uma mordida, para provocar “ci�mes” na namorada dele, enquanto brincavam de “lutinha” na ducha do clube, a cerca de 30 metros da churrasqueira onde estava o restante do grupo de amigos, incluindo a companheira do jovem.

Ap�s a suposta brincadeira, o rapaz disse que se deitou na grama do Clube Almirante Alexandrino (Caalex) e n�o viu mais Nat�lia. Contou que, ap�s quatro a cinco minutos “olhando para o c�u”, procurou por Nat�lia no lago, mas, como n�o a viu e a �gua estava parada, deduziu que a garota havia deixado o espelho d´ï¿½gua. O jovem foi ao encontro dos amigos, e, mesmo sem ver a menina, decidiu pedir um carro por aplicativo e ir embora com outras tr�s pessoas. Amigas de Nat�lia, por�m, deram in�cio � procura por ela no clube. Pararam ao anoitecer. Sem encontr�-la, fizeram uma campanha de busca pelas redes sociais.

Corpo de Natália será sepultado na tarde desta quarta-feira (3)(foto: Arquivo pessoal)
Corpo de Nat�lia ser� sepultado na tarde desta quarta-feira (3) (foto: Arquivo pessoal)
 

Registros


Uma fonte policial contou ao Correio que o v�deo, encaminhado a peritos, mostra os dois jovens entrando no Lago Parano� juntos. Em seguida, h� um movimento brusco na �gua, mas n�o � poss�vel identificar de quem, por causa da m� da qualidade da imagem — a c�mera est� muito distante. Contudo, depois, s� o suspeito sai. Estudante do curso t�cnico de Gest�o da Tecnologia da Informa��o do Senac, o rapaz de 19 anos ainda se senta na grama em frente ao local e continua olhando para o lago, antes de ir embora.

Policiais civis detiveram o jovem logo ap�s o corpo ser encontrado, na tarde de ontem. Ele se apresentou na 6ª Delegacia de Pol�cia (Parano�), de onde foi levado, algemado e descal�o, para a 5ª DP. Prestou depoimento por duas horas e meia. O rapaz deixou a unidade �s 19h35, livre, na companhia do pai, sem dar entrevista. A reportagem procurou o estudante na casa dele na segunda-feira e ontem. Deixou um contato de telefone com uma conhecida da fam�lia, caso ele quisesse se pronunciar. At� a noite de ontem, ningu�m deu retorno.

Nenhum delegado deu declara��es sobre o caso. A assessoria de comunica��o da Pol�cia Civil tamb�m n�o se pronunciou. Para resolver o caso, os investigadores da 5ª Delegacia de Pol�cia (Asa Norte) aguardam os resultados da an�lise da filmagem e  do laudo da causa da morte da universit�ria. Eles s� descartam a possibilidade de suic�dio. O corpo de Nat�lia foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) ontem. Ele ser� sepultado �s 15h30 de hoje, na capela 7 do Cemit�rio Campo da Esperan�a.

Lago fica à margem do clube onde menina morreu(foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
Lago fica � margem do clube onde menina morreu (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
 

Homic�dio


At� ontem, 10 pessoas prestaram depoimento, mas nenhum era da fam�lia de Nat�lia Ribeiro. Ao Correio, parentes e amigos da v�tima afirmaram que a estudante conhecia o jovem filmado com ela no lago. Para eles, se trata de um homic�dio. “Que seja feita a justi�a!”, exigiu a m�e da universit�ria, Ediv�nia Ribeiro dos Santos, 47. Moradora do Parano�, a dona de casa n�o v� outro desfecho para a morte da filha e refuta os dois depoimentos do jovem � pol�cia.

“� dif�cil cogitar que isso foi um acidente. A minha filha some e todos v�o embora sem ela, se omitem completamente. Estranho tamb�m essa marca de mordida no bra�o do menino e esses depoimentos sem sentido. Acredito que ela n�o se afogaria, porque ela sabia, sim, nadar. E mesmo que tivesse tido um mau s�bito, n�o tem cabimento ningu�m chamar um bombeiro para resgat�-la”, ressaltou a m�e.

Ediv�nia contou que a filha tinha experi�ncia em nado. Gostava de praias e sempre entrava no mar, al�m de ir a clubes e piscinas frequentemente. “Minha menina era cheia de vida, sonhos e gostava de ter a independ�ncia dela, mas sempre muito pr�xima da fam�lia”, lembrou a m�e.

Moradores da regi�o do mesmo ciclo de amizade de Nat�lia afirmaram, ainda, que o suspeito n�o s� conhecia Nat�lia, como j� se relacionou com a v�tima. “Ele vivia por aqui. Frequentava bares, lanchonetes da regi�o. Por isso ele e a Nat�lia se conheciam e j� tinham ficado. Agora se mantinham esse relacionamento ou n�o, ningu�m sabe”, contou um dos vizinhos e colega da universit�ria.

Mau press�gio


Durante todo o �ltimo dia de vida de Nat�lia, um sentimento de ang�stia tomou conta da m�e dela. “Passei mal e a minha menina me ligou perguntando se precisaria de ajuda. Disse s� que queria v�-la e ela me disse que, depois do clube, iria me visitar”, contou Ediv�nia.

A espera se prolongou at� o dia seguinte, quando Ediv�nia foi chamada para reconhecer o corpo da filha, �s margens do Lago Parano�. “Interromperam toda a vida de uma jovem brilhante com a maior crueldade. Acabaram com a nossa fam�lia. S� quero que paguem, porque o meu sofrimento � para sempre”, afirmou a m�e, em l�grimas.

Na manh� de ontem, familiares estiveram no apartamento em que a jovem morava sozinha, para tratar do gato de estima��o dela e escolher a roupa para o sepultamento. “Ainda estamos traumatizados. Mas sabemos que a justi�a ser� feita, seja aqui na Terra ou no c�u. O que eu desejo � que ele (o autor do suposto crime) pague logo. Quem sabe, assim, ele consiga se arrepender e se salvar. Porque a justi�a do c�u � eterna”, comentou o irm�o posti�o da universit�ria (filho do padrasto de Nat�lia), Eliandro de Santana, 27.
 


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