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Estado de Minas GERAL

Covas, ano 1: sob crises e com planos em marcha


postado em 05/04/2019 07:40

No primeiro ano � frente da Prefeitura de S�o Paulo, Bruno Covas (PSDB) colecionou medidas administrativas consideradas impopulares, sob o argumento de garantir a sa�de dos cofres p�blicos, e atuou para minimizar trag�dias. Com a economia, o prefeito planeja, at� o fim do mandato em 2020, triplicar o or�amento de zeladoria - um dos principais gargalos da cidade.

Covas assumiu a gest�o em 6 de abril de 2018, ap�s a sa�da de Jo�o Doria (PSDB) para disputar o governo paulista. Antes de completar um m�s no cargo, teve de lidar com a primeira crise: o desabamento do Edif�cio Wilton Pais de Almeida, no Largo do Pai�andu, que matou cinco adultos, duas crian�as e desabrigou cerca de 290 fam�lias.

Para Covas, este foi um dos tr�s piores epis�dios do primeiro ano de sua gest�o, ao lado da greve dos caminhoneiros e da queda do viaduto na Marginal do Pinheiros. "Um ponto positivo foi a rea��o que tivemos �queles grandes desastres, n�o apenas respondendo de imediato, mas tamb�m planejando o futuro", disse ao jornal O Estado de S. Paulo.

Na ocasi�o, Covas anunciou um pente-fino em outras 70 invas�es na cidade, elaborou relat�rios e depois interditou tr�s delas - comportamento que se repetiria no caso dos viadutos, com contrata��o emergencial de laudos. Para esses casos, aliados analisam que o prefeito conseguiu demonstrar que herdou problemas de gest�es anteriores, n�o sendo responsabilizado diretamente.

"Ele foi o prefeito das cat�strofes e teve oportunidade de mostrar que consegue super�-la", disse o vereador Jos� Police Neto (PSD). "Nesses casos de crise, o principal desafio � conseguir sair do rescaldo para uma pauta propositiva."

Outros avaliam que Covas sofreu o maior desgaste com as chuvas de mar�o, com 11 mortes na Grande S�o Paulo. De licen�a, ele havia acabado de desembarcar na Europa, mas teve de voltar �s pressas. "Isso carimbou a ideia de aus�ncia que essa gest�o passa", afirmou o vereador Antonio Donato (PT). "Ele n�o conseguiu dar reestrutura��o para a m�quina p�blica, e a impress�o � de um governo bastante paralisado", disse Gilberto Natalini (PV).

Gest�o

Pol�ticos afirmam que a administra��o Covas pode ser dividida em dois per�odos: antes e depois de Doria ser eleito governador. No primeiro momento, manteve secret�rios do ex-prefeito e tocou projetos do antecessor. Depois, trouxe a pr�pria equipe e agora busca criar uma agenda diferente, com foco, por exemplo, no resgate � regi�o central, est�mulos a bikes e projetos como o Parque Minhoc�o.

Covas, no entanto, nega que tenha ficado "engessado". "Quando o Jo�o saiu, n�o havia necessidade de nenhum tipo de mudan�a. A partir do momento que ele foi eleito, levou pessoas da confian�a dele e eu pude trazer pessoas mais pr�xima do meu conv�vio", disse.

Entre os feitos, conseguiu destravar licita��es da varri��o e dos �nibus. Tamb�m tirou do papel as primeiras privatiza��es: do Parque Ibirapuera, do Pacaembu, do Mercado de Santo Amaro e de im�veis na Vila Mariana. As outras, entretanto, permanecem indefinidas - o Anhembi, por exemplo, teve o leil�o adiado nesta semana.

Em paralelo, o prefeito tomou uma s�rie de medidas impopulares - o corte de subs�dios para o vale-transporte � a mais recente. Sofreu resist�ncia, ainda, por aumentar a tarifa de transporte e por articular a reforma da Previd�ncia municipal, aprovada na C�mara.

Segundo Covas, a economia com essas medidas permitir� aumentar de R$ 500 milh�es para R$ 1,5 bilh�o o or�amento das a��es de zeladoria - alvo de cr�ticas da popula��o -, em programa que n�o inclui recapeamento e cal�adas. "(Vai ser garantido) por recurso municipal, que vem desses cortes de gastos."

A reportagem do Estado entrevistou o prefeito de S�o Paulo. Veja abaixo os principais trechos.

Entre os epis�dios de crise, as mortes durante o temporal de mar�o trouxeram o maior desgaste?

N�o, porque as equipes de resposta �s chuvas foram montadas em outubro. Elas que atenderam a popula��o, foram para as ruas. Assim que tivemos o epis�dio, eu j� passei a operar por telefone mesmo. N�o estar presente na cidade n�o trouxe preju�zo. Embora, � claro, nada justifica o prefeito estar fora.

O sr. tomou uma s�rie de medidas impopulares, como reajustar a tarifa. A gente pode esperar a��es assim neste ano, v�spera de elei��o?

Todos esses atos s�o feitos para atingir um fim: cuidar das pessoas e da cidade. Governar a cidade � como cuidar de adolescente, � preciso falar o que ele tem de ouvir e n�o o que quer ouvir. Mas s� ao fim do ano n�s vamos ver se h� necessidade: 2019 fica para 2019 e 2020, para 2020.

Recentemente o senhor tem buscado uma agenda mais descolada do governador Jo�o Doria?

Seria uma estupidez eu me afastar do Doria. Foi o candidato que ajudei a eleger. Depois de ele ganhar, n�o faz sentido (me afastar). O que a popula��o quer ver � a Prefeitura e o Estado atuando na mesma dire��o.

Qual a marca da gest�o at� aqui?

A marca s�o as pessoas que v�o dizer. Podem achar (que) s�o as 85 mil vagas em creches que vamos entregar at� 2020. Podem achar que � o Parque Minhoc�o.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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