Grupo militar muda decreto de alfabetiza��o do MEC

O decreto sobre a nova pol�tica de alfabetiza��o no Pa�s foi finalizado nesta ter�a-feira, 9, por um grupo comandado pelo brigadeiro Ricardo Machado Vieira, secret�rio executivo da Minist�rio da Educa��o (MEC). Ele mudou todos os pontos que tinham sido criticados por especialistas. Foi retirada a orienta��o para que escolas adotem o m�todo f�nico de alfabetiza��o, como defendia o grupo ligado ao escritor Olavo de Carvalho dentro da pasta. Militares e os chamados "olavistas" travam uma disputa h� meses no MEC.

O texto foi mudado no �ltimo dia da gest�o de Ricardo V�lez Rodr�guez. O novo ministro Abraham Weintraub tomou posse nesta ter�a e � admirador de Olavo. A indica��o representou uma derrota dos militares, que defendiam um ministro de perfil mais t�cnico e sem interfer�ncias ideol�gicas.

A pol�tica de alfabetiza��o havia sido colocada como priorit�ria para os cem dias do governo de Jair Bolsonaro, marca que ser� alcan�ada nesta quarta-feira, 10.

M�todos

O novo texto fala em uso de "metodologias variadas". No m�s passado, o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a uma minuta de decreto que dizia que os pilares do programa eram "consci�ncia fon�mica, instru��o f�nica sistem�tica, flu�ncia em leitura oral, vocabul�rio e compreens�o de texto".

Al�m disso, a vers�o retificada do decreto afirma que o processo de aprendizagem da leitura e escrita se d� nos dois primeiros anos do ensino fundamental - o que � o considerado adequado nos pa�ses com melhores sistemas educacionais - e n�o com "prioriza��o no 1.� ano", como dizia a minuta anterior.

Tamb�m foi retirada a parte que indicava que crian�as da educa��o infantil deveriam iniciar o processo de alfabetiza��o, outro ponto muito criticado. Agora, a introdu��o no mundo letrado � orientada a partir da pr�-escola (4 e 5 anos). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.