Nesta quarta-feira, 10, o tamanho da mala que pode ser levada a bordo passou a ser fiscalizado com mais rigor, numa a��o capitaneada pela Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear) e focada exclusivamente nos voos nacionais. As regras que norteiam o embarque de passageiros portando bagagem de m�o n�o s�o nenhuma novidade - elas est�o em vigor desde 2017, quando a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) publicou uma resolu��o para normatizar diversos servi�os prestados pelas companhias a�reas aos seus clientes - incluindo a cobran�a para despachar a bagagem.
Assim, j� dentro do setor de embarque, antes de passar pelo raio x, os passageiros encontrar�o uma �rea de triagem, onde haver� uma caixa que servir� como gabarito para atestar se as malas est�o dentro das dimens�es permitidas - se n�o estiverem, o viajante ter� de voltar ao check-in para despachar os pertences, ficando sujeito ao pagamento da taxa estipulada pelas companhias.
Independentemente se o voo ser� feito com a Avianca, Azul, Gol ou Latam, o tamanho e o peso permitido da bagagem s�o os mesmos, uma vez que essas empresas atualmente seguem a mesma padroniza��o de medidas para autorizar o embarque das malas de m�o.
De acordo com a Abear, o objetivo da fiscaliza��o mais efetiva � agilizar o fluxo dos passageiros nas �reas de embarque e nas aeronaves para evitar atrasos. Isso porque as companhias alegam que, desde que despacho das bagagens come�ou a ser cobrado, muitos viajantes passaram a levar para a cabine do avi�o malas maiores do que o tamanho estipulado. Sem espa�o suficiente para tantas malas e outras de tamanho incompat�vel com o compartimento reservado a elas, algumas bagagens precisavam ser transferidas na correria para o por�o da aeronave, o que causava atrasos na decolagem.
A a��o come�ou pelos aeroportos de Bras�lia (DF), Campinas/Viracopos (SP), Curitiba (PR) e Natal (RN), e, at� o dia 24 de abril, deve atingir outros 11 complexos a�reos de todo o Brasil: Belo Horizonte (BH), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Bel�m (PA), Goi�nia (GO) e Porto Alegre (RS), al�m dos aeroportos paulistas de Congonhas e Guarulhos e dos cariocas Santos Dumont e Gale�o.
Nos primeiros 15 dias de implementa��o em cada aeroporto, a a��o ter� cunho educativo. Passado esse per�odo, a verifica��o das dimens�es das malas come�a para valer.
Confira abaixo os detalhes de como funcionar� a fiscaliza��o realizada pela Abear:
Como deve ser a mala de m�o
A bagagem de m�o deve ter at� 55 cent�metros de altura, 35 cent�metros de largura e 25 cent�metros de profundidade - incluindo al�a, bolsos e rodinhas -, dimens�es que seguem os padr�es da Associa��o Internacional de Transporte A�reo (IATA, na sigla em ingl�s). Tamb�m h� um peso m�ximo estabelecido: dez quilos. Se a mala ou similar atender a essas especifica��es e couber na caixa-molde da �rea de triagem, o viajante poder� lev�-la a bordo.
E se a bagagem ultrapassar as medidas estabelecidas?
Caso a mala ou similar n�o caiba na caixa-molde e ultrapasse as dimens�es estipuladas, o passageiro ser� reencaminhado ao check-in da empresa para despachar a bagagem. E ter� de pagar a taxa cobrada pela companhia.
Quanto custa despachar a bagagem?
Mesmo que a bagagem esteja pouca coisa maior do que a caixa-molde da Abear, n�o tem jeito: o passageiro ter� de mand�-la para o por�o do avi�o. E, consequentemente, ter� de pagar por isso.
Na Azul, ao comprar um bilhete da categoria denominada Azul, o passageiro paga mais barato na tarifa a�rea, e pode adquirir ou n�o o servi�o de bagagem despachada. Se optar por comprar, a primeira mala de at� 23 quilos custa R$ 60 (compra pelos canais digitais) e R$ 120 (compra no aeroporto). J� a segunda pe�a sai por R$ 100 (via canais digitais) e R$ 140 (aeroporto).
A Avianca, que passa por problemas de recupera��o financeira, tamb�m cobra R$ 60 pela franquia de bagagem comprada at� seis horas antes do voo e R$ 120 para quem fizer isso faltando entre seis horas para o embarque e o fechamento do check-in - pre�os v�lidos para a primeira mala despachada, com at� 23 quilos. No caso de ter de despachar uma segunda mala, os pre�os s�o R$ 100 (compra antecipada) e R$ 140 (quando se opta pelo servi�o faltando menos de seis horas para o embarque).
Na Gol, compradores de uma passagem nas tarifas Promo ou Light (que t�m os pre�os mais baixos praticados pela companhia) pagam R$ 60 pela primeira mala despachada - o pre�o sobe para R$ 120 se o pagamento for feito no aeroporto. Remeter uma segunda bagagem para o por�o da aeronave custa R$ 100 se esse servi�o for adquirido com anteced�ncia, ou R$ 140 se for pago no aeroporto.
Para rotas realizadas no Brasil, o pre�o da Latam para o despacho da primeira mala de at� 23 quilos � R$ 59 (compra at� tr�s horas antes do embarque) e R$ 120 (compra com menos de tr�s horas de anteced�ncia ao voo). Quando se tem uma segunda mala despachada, o valor sobe para R$ 99 (compra feita com anteced�ncia) e R$ 140 (pagamento com tempo inferior a tr�s horas para a realiza��o do voo).
O que mais � permitido levar a bordo?
As companhias tamb�m autorizam que o viajante leve gratuitamente um item pessoal a bordo, que pode ser uma bolsa, uma pasta de trabalho, uma mochila, uma bolsa com coisas de crian�a ou uma sacola com produtos adquiridos nas lojas do aeroporto. Avianca, Azul, Latam e Passaredo permitem que esse item tenha, no m�ximo, 45 cent�metros de largura, 35 cent�metros de altura e 20 cent�metros de profundidade. A Gol, por sua vez, considera 43 cent�metros de largura, 32 cent�metros de altura e 22 cent�metros de profundidade como dimens�es-limite. As regras da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), por�m, n�o mencionam limite de peso para essa bolsa adicional.
Entre os objetos permitidos na bagagem de bordo est�o aparelhos de barbear e tesouras arredondadas com l�mina inferior a 6 cent�metros; lixa de unha met�lica sem ponta perfurante ou aresta cortante e tamb�m com at� 6 cent�metros; lapiseiras e canetas tinteiro de at� 15 cent�metros; um isqueiro (com g�s ou fluido) por passageiro; e bast�o de selfie, desde que o peso e o volume n�o excedam os limites permitidos � bagagem de m�o (somando com os outros volumes). Apenas em voos dom�sticos, pode-se levar no m�ximo cinco garrafas de bebida alco�lica de at� um litro cada, desde que estejam lacradas e tenham teor alco�lico inferior a 70%, bem como at� quatro unidades de spray de uso m�dico ou de higiene pessoal, em frascos de at� 300 mililitros ou 300 gramas.
Tamb�m � recomend�vel transportar como bagagem de m�o dinheiro, joias, documentos, objetos fr�geis, chaves e rem�dios, incluindo os que necessitam de seringa e agulha para serem usados - nesse caso, tenha em seu poder o medicamento com etiqueta profissionalmente impressa que identifique o rem�dio, o fabricante ou a ind�stria farmac�utica, al�m de receita m�dica. Os equipamentos eletr�nicos e acess�rios (c�meras e lentes fotogr�ficas, celulares, filmadoras, laptops e tablets, entre outros) s�o mais um item para carregar consigo na cabine do avi�o.
J� entre os itens proibidos na bagagem de m�o est�o armas e r�plicas de armas, exceto para agentes p�blicos que comprovem estar realizando fun��es como escolta de autoridade ou atividade investigat�ria, por exemplo - passageiros que n�o se encaixam nesse perfil s� podem transportar armas e muni��es como bagagem despachada, e � necess�rio apresentar a autoriza��o da Pol�cia Federal no momento do check-in. Tamb�m est�o vetados a bordo objetos pontiagudos ou cortantes (tesoura com l�mina superior a 6 cent�metros, canivete, navalha e cong�neres), outros instrumentos que podem ferir (martelo, alicate, bast�es etc) e subst�ncias t�xicas, explosivas ou inflam�veis.
E nos voos internacionais, muda alguma coisa no embarque com bagagem de m�o?
As dimens�es da bagagem de m�o dos passageiros de voos internacionais n�o ser�o verificadas pelos funcion�rios da �rea de triagem da Abear. Neste momento, a a��o se concentra nos voos dom�sticos.
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