Em Washington, Moro diz que morte de m�sico no Rio foi 'incidente lament�vel'

O ministro da Justi�a, S�rgio Moro, classificou nesta sexta-feira como um "incidente lament�vel" a morte do m�sico Evaldo Rosa dos Santos, na tarde do domingo, 7,quando o carro da fam�lia foi metralhado por 80 tiros disparados por militares do Ex�rcito no Rio. Moro n�o quis comentar a declara��o do presidente Jair Bolsonaro que, nesta sexta, depois de seis dias de sil�ncio, disse que o Ex�rcito "n�o matou ningu�m" e que a institui��o n�o pode ser acusada de ser "assassina".

"N�o comento declara��es do presidente. J� me pronunciei sobre aquele fato. O que � importante ali � que o Ex�rcito est� fazendo as apura��es necess�rias, inclusive os respons�veis est�o presos", afirmou o ministro. Questionado sobre as palavras escolhidas pelo presidente para se referir � morte do m�sico, Moro afirmou que "� uma quest�o de terminologia". "� uma quest�o de terminologia, um fato, um incidente, evidentemente lament�vel. O que importa � que as institui��es extraiam as consequ�ncias como o Ex�rcito vem fazendo", disse o ministro da Justi�a, em Washington.

No �ltimo domingo, dez militares dispararam contra um ve�culo em Guadalupe, na zona norte do Rio, que supostamente foi confundido com um autom�vel em que estariam criminosos. No carro estavam o m�sico e sua fam�lia. Evaldo morreu no local e duas pessoas ficaram feridas. Nove militares foram presos.

Segundo Moro, o caso pode sair da compet�ncia da Justi�a Militar e passar para a Justi�a comum, se esse for o entendimento do Judici�rio. "As apura��es iniciais est�o sendo feitas pelos �rg�os de investiga��o militares porque o fato envolveu militares. Se eventualmente, no futuro, a justi�a decidir, - e a� � decis�o da Justi�a e n�o do governo - que a compet�ncia � da justi�a comum, n�o tem problema. Mas eles est�o fazendo as averigua��es atrav�s da justi�a militar e aparentemente est�o fazendo um bom trabalho", afirmou o ministro.

Moro est� em Washington para uma reuni�o do Grupo de A��o Financeira Internacional - FITF, na sigla em ingl�s. O �rg�o � respons�vel por tra�ar par�metros de preven��o e combate � lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Segundo o ministro, a reuni�o contou com ministros dos 36 pa�ses que fazem parte do �rg�o. O objetivo, segundo Moro, foi renovar o mandato do �rg�o, que � considerado uma for�a tarefa permanente sobre o tema.