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Estado de Minas GERAL

Aedes com bact�ria que impede transmiss�o de v�rus ser� testados em 3 cidades


postado em 16/04/2019 13:53

No momento em que o n�mero de casos de dengue no Brasil chega a 322 mil, com alta de 29% em duas semanas, o Minist�rio da Sa�de anunciou a �ltima etapa de testes de um m�todo que pretende reduzir a capacidade de o Aedes aegypti de transmitir os v�rus da dengue, zika e chikungunya.

Conduzido pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo � feito a partir da inocula��o do microorganismo Wolbachia nos Aedes, que, depois, s�o liberados no ambiente. Em outras etapas do trabalho, pesquisadores constataram que o mosquito "contaminado" pela Wolbachia perde parte da capacidade de transmitir v�rus durante a picada.

"At� agora, experimentos foram feitos no Rio e Niter�i, com resultados promissores", afirmou o secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de do Minist�rio da Sa�de, Wanderson Kleber de Oliveira. A �ltima etapa ser� feita nas cidades de Petrolina (PE), Belo Horizonte e Campo Grande (MS) - cidade do ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta. "Foi uma coincid�ncia", afirmou Kleber de Oliveira. A escolha, completou, foi norteada por crit�rios t�cnicos, que levaram em conta os dados epidemiol�gicos, as caracter�sticas geogr�ficas do local e dados populacionais.

As tr�s cidades apresentaram grande n�mero de casos da doen�a e h� infesta��o importante do mosquito. "Em Campo Grande, h� uma estrutura da Fiocruz. O Estado apresentou um aumento significativo de casos de dengue em rela��o ao ano passado", disse. Este ano, o Estado tem 368 casos por 100 mil habitantes, a maior rela��o das unidades do Centro-Oeste.

A inten��o dos pesquisadores � de liberar os mosquitos contaminados pela Wolbachia no ambiente por meio de drones. Esta etapa ter� in�cio no pr�ximo semestre e dever� durar tr�s anos. O Minist�rio da Sa�de vai investir R$ 22 milh�es. A ideia ser� selecionar uma cidade em cada regi�o do Pa�s. Na regi�o Norte, a expectativa � de que seja escolhida a capital do Amazonas, Manaus.

A Wolbachia � um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos. O Aedes aegypti n�o apresenta o microorganismo. Pesquisadores devem observar nesta nova etapa qual ser� o comportamento do mosquito. Entre as metas est� avaliar se eles v�o se tornar predominantes no ambiente. Se tal hip�tese se concretizar, h� uma possibilidade de o n�mero de casos da doen�a ser reduzido.

Zika

Em 2016, quando o Pa�s ainda estava em Emerg�ncia Nacional em Sa�de P�blica para Zika, pesquisadores da Fiocruz comprovaram que a bact�ria Wolbachia, quando presente no Aedes aegypti, era capaz de reduzir a transmiss�o do v�rus, que est� relacionado a microcefalia em beb�s e casos de Guillain-Barr�. A pesquisa mostrou ainda que a Wolbachia tamb�m reduz a replica��o do zika no organismo do mosquito.

O estudo usou dois grupos de mosquitos Aedes: um com Wolbachia, criados em laborat�rio pela equipe do projeto, e outro sem a bact�ria, coletados no Rio de Janeiro. Eles foram alimentados com sangue humano contendo cepas de zika isoladas em S�o Paulo e Pernambuco.

Depois de 14 dias, os pesquisadores coletaram amostras da saliva desses mosquitos e infectaram 160 insetos coletados na natureza. Nenhum dos 80 mosquitos que recebeu saliva de Aedes com Wolbachia se infectou com o v�rus da zika. J� no grupo que recebeu a saliva dos mosquitos sem a bact�ria, 85% dos insetos ficaram "altamente infectados".

Em outra etapa, os mosquitos que receberiam a saliva contaminada pelo zika � que foram divididos entre os sem Wolbachia e os com a bact�ria. Quatorze dias depois, per�odo em que o v�rus j� teria se espalhado pelo organismo do inseto e chegado � gl�ndula salivar, 45% dos mosquitos com Wolbachia tinham o v�rus, ante 100% do outro grupo.


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