Com banco de DNA, PF confirma participa��o de suspeito em assalto � Prosegur

Com o uso do Banco Nacional de Perfis Gen�ticos (BNPG), a Pol�cia Federal confirmou a participa��o de um investigado na morte do agente penitenci�rio federal Alex Belarmino, assassinado pelo PCC, em 2016, no roubo milion�rio � base da Prosegur, no Paraguai, em 2017, e um assalto ao Banco do Brasil em Campo Grande (MS) ocorrido no mesmo ano.

Segundo a PF, "o laudo positivou quatro perfis de DNA colhidos em cenas de crime com o material fornecido por um suspeito preso no final de 2018". "Dessa forma, o suspeito teve confirmada sua participa��o nos tr�s eventos criminosos investigados".

"Tais informa��es foram poss�veis pelo cruzamento do perfil gen�tico do suspeito com os vest�gios biol�gicos coletados nos respectivos locais de crime por meio do Banco Nacional de Perfis Gen�ticos (BNPG). Esse banco armazena todos os dados de DNA coletados pela Pol�cia Federal e pelas pol�cias estaduais. C�pias do laudo ser�o encaminhadas �s respectivas autoridades competentes para as provid�ncias cab�veis", diz a PF.

Pelo menos 30 homens usando armamento de guerra - como metralhadora ponto 50 (capaz de derrubar helic�ptero), fuzis e explosivos - roubaram US$ 40 milh�es (R$ 120 milh�es) da transportadora de valores Prosegur, em Ciudad del Este, no Paraguai. Um policial e tr�s bandidos morreram e quatro pessoas ficaram feridas na a��o e na persegui��o. O assalto � apontado como o maior da hist�ria do Paraguai.

Em uma a��o da Pol�cia brasileira, em abril daquele ano, foi poss�vel recuperar parte do dinheiro roubado no dia do assalto. O montante corresponde a R$ 219.450, G$ 733.640.000 (cerca de R$ 4,2 milh�es) e US$ 1.275.030. O dinheiro estava em um malote que foi localizado durante as buscas feitas em toda regi�o oeste do Paran�. A a��o tamb�m apreendeu explosivos, fuzis e coletes � prova de balas.

Um dos detidos � �poca foi um homem de 37 anos apontado como um dos l�deres da quadrilha. Ele foi preso nesta ter�a pela manh� em Cascavel, oeste do Paran�, pela Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) durante uma blitz, em um �nibus da linha Foz do Igua�u-Curitiba.

� �poca, os investigadores colheram o DNA dos presos para confrontar com vest�gios deixados em um im�vel de luxo localizado pela Pol�cia Nacional do Paraguai em Ciudad del Este que teria sido utilizado pela quadrilha como base.

No �mbito da Opera��o Echelon, o Minist�rio P�blico revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) criou regras para matar rivais. Eles devem ser executados com vagar, sob tortura e com muita crueldade. As intercepta��es telef�nicas da Promotoria relacionam mais de uma dezena dessas execu��es. Entre os mortos pelo PCC est�o o agente Alex Belarmino.

As intercepta��es mostram a fac��o planejando a morte de agentes prisionais federais por ordem de Roberto Soriano, o Tiri�a. Integrante da Sintonia Final, ele foi enviado � penitenci�ria federal de Catanduvas (PR) ap�s se envolver com atentados em S�o Paulo. Em 2016, por achar que o sistema da pris�o era muito r�gido, determinou que um agente prisional - Alex Belarmino Almeida da Silva - fosse morto, o que aconteceu em 2 de setembro de 2016. A v�tima foi atingida por mais de 20 disparos.

O ministro da Justi�a, S�rgio Moro, usou suas redes sociais, nesse s�bado,20, para defender a amplia��o do Banco Nacional de Perfis Gen�ticos, que faz parte do pacote anticrime enviado pelo ministro ao Congresso.

"Medidas simples e eficazes contra o crime. Uma das minhas favoritas, a amplia��o do Banco Nacional de Perfis Gen�ticos, o que aumentar� a taxa de resolu��o de investiga��o de qualquer crime, mas principalmente de crimes que deixam vest�gios corporais. Propomos a extra��o do perfil gen�tico (DNA) de todo condenado por crime doloso no Brasil. Significa passar um cotonete na boca do preso e enviar o material ao laborat�rio. Isso passa a compor um banco de dados, como se fosse uma impress�o digital", descreve o ministro.