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Estado de Minas GERAL

Americano estuda capivaras na Marginal


postado em 29/04/2019 07:50

Basta o m�dico veterin�rio norte-americano Derek Rosenfield aparecer para um grupo de capivaras cerc�-lo. Quando ele se abaixa e oferece cana de a��car, os animais aceitam e emitem um som de prazer. O contato amig�vel com as capivaras faz parte de um estudo que envolve uma metodologia de captura que n�o estresse os animais e o uso de imunocontraceptivo para fazer o controle populacional.

A pesquisa faz parte do doutorado de Rosenfield no Departamento de Reprodu��o animal da Faculdade de Medicina Veterin�ria e Zootecnia da Universidade de S�o Paulo (USP), onde ele conseguiu uma reprodu��o real de como � a vida dos animais.

"O trabalho de campo est� sendo realizado na Raia Ol�mpica da USP, que contribui com o bem-estar do animal, j� que diminui o estresse da captura. A raia ol�mpica j� tem esses animais e o ambiente permite a perfeita observa��o, porque eles est�o em confinamento, mas s�o considerados de vida livre, � uma simula��o da vida real."

As capivaras s�o animais que rapidamente povoam as �reas em que se instalam e fazem parte do ciclo da febre maculosa, doen�a transmitida pelo carrapato-estrela e que pode levar � morte. Em 2018, foram registrados 103 casos da doen�a e 56 �bitos no Estado de S�o Paulo. Neste ano, foram quatro casos e duas mortes, segundo dados do Centro de Vigil�ncia Epidemiol�gica (CVE) da Secretaria de Estado da Sa�de.

Rosenfield conta que, em meados de 2014, havia duas capivaras adultas e cinco filhotes no local. No final de 2016, quando a pesquisa teve in�cio, j� eram 40 animais.

"A ideia � aplicar uma vacina que vai provocar a forma��o de anticorpos, que, em vez de atacar pat�genos, se ligam a um horm�nio com a fun��o de dirigir a fisiologia reprodutiva do animal. Ele vai acabar com a fun��o biol�gica desse horm�nio, levando os machos e as f�meas a ficarem inf�rteis."

O tempo de a��o do imunocontraceptivo ainda est� sendo estudado, mas j� foi poss�vel constatar que o medicamento n�o causou efeitos colaterais nem afetou as caracter�sticas sexuais das capivaras.

"As capivaras t�m um macho reprodutor e essa vacina n�o tem efeito no comportamento dominante. O macho continua a defender suas f�meas."

De acordo com o pesquisador, os efeitos ainda foram observados depois de 18 meses. "A imunocontracep��o existe h� 20 anos, mas, nessa esp�cie, � a primeira vez que ela � testada."

Experi�ncia agrad�vel

Derek Rosenfield trabalhava na ind�stria fotogr�fica e resolveu mudar de �rea. Os animais silvestres o encantaram. No Brasil desde 2009, ele diz que o controle populacional pode resultar n�o s� na queda dos casos de febre maculosa, mas tamb�m na redu��o de conflitos. "Na vida real, esses animais comem safra de cana de a��car e milho, criam problemas com fazendeiros", afirma o americano.

O trabalho, financiado pela Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo (Fapesp), tamb�m tem como foco pesquisar os animais sem submet�-los a situa��es desgastantes. "Esses animais gostam de intera��o social. Tem de abaixar, ficar na mesma altura, n�o ser barulhento. Eles associam a minha voz e a minha presen�a a essa experi�ncia agrad�vel de receber um doce." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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