O plen�rio do Superior Tribunal Militar (STM) deve julgar nesta quarta-feira, 7, o pedido de liberdade de nove militares presos pelo assassinato do m�sico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, que estava em um ve�culo alvejado com 83 tiros no Rio de Janeiro. O Minist�rio P�blico Militar (MPM) � a favor do fim da pris�o preventiva.
O carro em que estava Evaldo com a fam�lia, em Guadalupe, zona norte do Rio, foi metralhado por 80 tiros disparados por militares do Ex�rcito no dia 7 de abril. O ve�culo foi supostamente confundido com um autom�vel em que estariam criminosos.
O ministro L�cio M�rio de Barros G�es, do STM, negou no dia 12 de abril o pedido de liberdade, ao apontar que n�o h� "apar�ncia de ilegalidade" na decis�o que determinou a pris�o dos militares. Agora o caso ser� analisado pelos 15 ministros do tribunal em sess�o que come�a �s 13h30.
No dia 18 de abril, o catador de papel Luciano Macedo, de 27 anos, morreu no Hospital Carlos Chagas, na zona norte do Rio. Macedo tamb�m foi atingido por tr�s tiros nas costas por militares do Ex�rcito na mesma a��o que atingiu Evaldo Rosa.
Grav�ssimo - Na manifesta��o do MPM, o subprocurador-geral da Justi�a Militar Carlos Frederico de Oliveira Pereira apontou que as regras de conduta dos militares envolvidos na morte de Evaldo n�o foram violadas deliberadamente contra a popula��o civil - e sim durante uma opera��o, sem ser algo premeditado.
"As pessoas est�o muito assustadas, porque foi um caso grav�ssimo, mas pris�o preventiva � outra hist�ria. Se eles (os militares presos) soubessem que aquele carro era de pessoas que n�o eram bandidas, eles n�o fariam isso. Os caras n�o sa�ram de casa para matar os outros", disse o subprocurador ao jornal O Estado de S. Paulo, na �ltima ter�a-feira, 2.
"Eles s�o pessoas normais. � uma galera normal, como qualquer pelot�o que voc� v� a� em qualquer quartel", acrescentou.
"Incidente" - O presidente Jair Bolsonaro j� chamou de "incidente" o epis�dio. Para Bolsonaro, o Ex�rcito "n�o matou ningu�m" e a institui��o n�o pode ser acusada de ser "assassina".
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